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Impresa agrava prejuízos para 2,8 milhões de euros

Os prejuízos da dona da SIC aumentaram 12,9% no primeiro trimestre do ano. As receitas recuaram 5,5% devido à redução dos proveitos das chamadas de valor acrescentado.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Abril de 2017 às 16:47
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A Impresa terminou o primeiro trimestre do ano com resultados líquidos negativos de 2,8 milhões de euros, um valor que representa um aumento de 12,9% face aos prejuízos de 2,4 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Os resultados foram impactadas pela queda das receitas em 5,5% do grupo de media para 45,3 milhões de euros, originada em grande parte pela redução em 52,6% dos proveitos das chamadas de valor acrescentado, para 2,4 milhões de euros.

As receitas de publicidade, pelo contrário, subiram 2% para 24,4 milhões de euros.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) também atingiu valores negativos de 656 mil euros. Este valor compara com os 213 mil euros positivos alcançados no primeiro trimestre do ano passado.

Já a dívida líquida desceu cerca de 3,3 milhões de euros para 191,6 milhões de euros.

A empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão salienta ainda que o grupo "prosseguiu a política de redução de custos operacionais", com esta rubrica a registar um recuo de 3,7% para 45,9 milhões.

Esta evolução foi "beneficiada pela descida dos custos com pessoal no seguimento da reestruturação efectuada no final de 2016, e ainda pela redução da actividade de multimédia", justifica o grupo no comunicado emitido à CMVM esta quinta-feira, 27 de Abril.

Analisando as contas por áreas, as receitas totais provenientes do segmento de televisão caíram 6,1% para 34,5 milhões de euros devido à descida em 52,6% dos proveitos de multimédia, onde se incluem as chamadas de valor acrescentado.

Já as receitas publicitárias aumentaram 2,8% para 20,3 milhões de euros, "apesar do impacto de determinados eventos sazonais e/ou não recorrentes que afectaram negativamente os primeiros três meses deste ano", justifica a empresa. E exemplifica: "o tempo de antena, transmitido em Janeiro de 2016, por ocasião das eleições presidenciais; menos um dia no primeiro trimestre de 2017, o que tem um impacto negativo sobre o investimento publicitário; e o facto de a Páscoa ter tido lugar em Abril".

As receitas de subscrição geradas pelos oito canais da SIC, distribuídos por cabo e satélite, registaram uma queda de 2,1% para 10,8 milhões de euros de vido "à redução dos valores de alguns contratos estrangeiros".

No segmento de publishing, onde o grupo tem títulos como o Expresso, Visão ou a Exame, os proveitos desceram 5,4% para 10,1 milhões de euros. "Para esta descida contribuíram principalmente as receitas de produtos alternativos e as outras receitas".

Pelo contrário, a rubrica de venda de publicações registou um aumento de 0,4% dos proveitos para 5,6 milhões de euros, interrompendo, assim, "uma sequência de quedas ao longo dos últimos trimestres.

No total, as receitas de publicidade na área de publishing recuaram 4,1% para 4 milhões de euros. No entanto, o grupo sublinha que a publicidade digital aumentou 21% no primeiro trimestre, representando 23% do total da rubrica.

(Notícia actualizada às 17:17 com mais informações)

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