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Hulu com nova estratégia no mercado de televisão online
A nova abordagem da Hulu inclui pela primeira vez a distribuição de vídeo em directo. Os novos serviços estarão disponíveis a partir do próximo ano.
Sob a direcção de Mike Hopkins desde 2013, a Hulu avança agora para revolucionar mais uma vez o mercado de televisão em streaming. A empresa que há dez anos trouxe pela primeira vez a oportunidade de ver televisão online e on-demand, oferece agora a junção de televisão ao vivo com o formato on-demand.
"Assim que fizermos isto, mais pessoas vão falar da Hulu do que falam actualmente", refere Mike Hopkins citado pela Bloomberg.
A nova aposta da Hulu recai sobre o argumento que determinados conteúdos, como a cobertura noticiosa, um evento desportivo ou eventos como os Óscares devem ser vistos em directo. A empresa pretende assim aliar o seu serviço de streaming com as vantagens da televisão por cabo.
O lançamento dos novos serviços da Hulu está previsto para o próximo ano. A empresa de Hopkins tem vindo a fechar acordos com os seus parceiros nos últimos meses, refere a mesma fonte. Os acordos já assinados incluem nomes como a Disney, a Fox e a Time Warner. Em negociação encontram-se os contractos com a CBS e a NBCUniversal.
Segundo a Bloomberg, a Hulu tem vindo a passar por várias dificuldades em destacar-se dos seus concorrentes, pelo que o seu modelo de negócio foi mudando várias vezes ao longo da sua década de existência.
Desde a tomada de posse do cargo de director da Hulu que a empresa tem vindo a fazer negócio com distribuidores de televisão paga, como a Comcast e a Time Warner Cable. Apesar do objectivo não ser o desvio de clientes, a indústria de televisão paga perdeu 340.000 subscritores no terceiro trimestre, uma queda 35% superior à registada em período homólogo, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
De acordo com a mesma fonte, a Hulu tem como desafio a oferta de um preço competitivo que ainda assim permita a criação de lucros, num contexto em que estes têm vindo a descer para a empresa. A Evercore avança que a empresa perderá no final do ano entre 400 milhões (377 milhões de euros) e 500 milhões de dólares. No próximo ano as perdas ultrapassarão os 500 milhões de dólares, refere ainda.