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Cuba reduz tamanho dos jornais devido à escassez de papel

Cuba anunciou que a escassez de papel está a obrigar a reduzir o tamanho das páginas e a circulação de vários jornais do Estado, incluindo o diário do Partido Comunista, o Granma.

Negócios 13 de Abril de 2019 às 19:00
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O governo cubano anunciou na semana passada que está a reduzir para metade a dimensão de alguns semanários, bem como o do diário Granma nalguns dias da semana, devido à falta de papel de jornal, que é importado. Também já não está a publicar a edição de sábado do jornal diário da União de Jovens Cubanos, o Juventud Rebelde.

 

Esta escassez de papel está assim a obrigar o governo a cortar no tamanho das páginas e na própria circulação, fazendo sobressair o forte aperto de dinheiro no país numa altura em que aumenta a escassez dos bens de primeira necessidade.

 

Trata-se da primeira vez que Cuba tem de tomar medidas desta natureza desde a Depressão da década de 90 desencadeada pelo desmoronamento da sua antiga aliada União Soviética.

 

Atualmente, os cubanos chegam a ter de ficar em filas durante hporas para obterem bens básicos, como ovos e farinha, sempre que estes chegam às prateleiras dos supermercados.

 

E a escassez estende-se a outros produtos, como medicamentos, óleos vegetais e carne, uma situação que já dura há alguns meses.

 

Esta falta de bens de primeira necessidade fez disparar os preços de alguns produtos no mercado negro e nem todos os cubanos conseguem aceder-lhes – uma vez que o salário mínimo no Estado ronda os 30 dólares por mês.

 

Cuba anunciou medidas de austeridade há três anos, devido a problemas de liquidez e a uma diminuição das exportações, uma vez que a ajuda de um aliado-chave, a Venezuela, também foi reduzida devido à sua própria crise económica.

 

Além do mais, sublinha a Reuters, teve entretanto de se confrontar com um endurecer – sob a Administração de Donald Trump – do embargo comercial dos EUA que dura há décadas. Por outro lado, viu ser posto um ponto final nas exportações de serviços médicos para o Brasil depois da eleição de Jair Bolsonaro como presidente.

 

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