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CMVM obriga ao lançamento de OPA de Mário Ferreira sobre 70% da Media Capital

A decisão tornou-se definitiva. Mário Ferreira tem mesmo de lançar OPA sobre Media Capital. Tem de lançar a oferta sobre cerca de 70% do capital da dona da TVI.

Mário Ferreira anunciou a compra de 30,22% da Media Capital em abril.
Ricardo Meireles
18 de Novembro de 2020 às 17:57
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A CMVM manteve a decisão em relação à concertação da empresa de Mário Ferreira e da Prisa na Media Capital, pelo que determina o lançamento de uma OPA do empresário da Douro Azul no prazo de cinco dias. O preço tem de ser superior em 2% à da oferta da Cofina, cujo valor ainda está a ser determinado por auditor independente.

Para a CMVM ficou provado que a Pluris, de Mário Ferreira, e a Vertix, da Prisa, "exerceram, de forma concertada (e até à alienação pela Vertix da totalidade da sua participação), influência dominante sobre a Media Capital, no contexto e em execução dos acordos entre si celebrados".

Entretanto a Prisa já vendeu a sua posição de cerca de 64,47% por 36,8 milhões de euros a um conjunto de investidores, nos quais se encontra o grupo Triun, do empresário Paulo Gaspar (da Lusiaves), a CIN, a Biz Partners, onde está o cantor Tony Carreira, a Zenithodissey, que tem os donos da Polipique como sócios, a Fitas & Essências, de Stéphane Rodolphe Picciotto, e a apresentadora Cristina Ferreira. Mas também estas posições ficarão sob OPA de Mário Ferreira. Além dos 5% dos minoritários.

Segundo a decisão final tornada pública pela supervisora, "a CMVM determina, nos termos do artigo 187.º, n.º 1, do Código dos Valores Mobiliários, a divulgação de anúncio preliminar de oferta pública de aquisição obrigatória da Pluris sobre todas as ações da Media Capital por si não detidas, no prazo máximo de 5 dias úteis".

Mário Ferreira detém cerca de 30%, pelo que, explica a CMVM, tem de lançar oferta sobre "todas as ações da Media Capital não detidas pela Pluris, 69,78% das ações representativas do seu capital social".

Assim, a OPA de Mário Ferreira terá de ser superior em 2% à da Cofina que ainda aguarda pela decisão do auditor independente para determinar o preço final. É que conforme explica a CMVM "
além de se tratar de oferta obrigatória, a oferta a lançar pela Pluris deve ainda conformar-se com o regime das ofertas concorrentes, na medida em que se encontra em curso uma outra oferta pública e geral preliminarmente anunciada sobre as ações da Media Capital pela Cofina".

A Cofina, dona do Negócios, lançou uma OPA sobre a Media Capital, tendo oferecido como contrapartida 0,415 euros, valor que ainda aguarda pela decisão do auditor independente. Assim, se esse for o valor da OPA da Cofina, a de Mário Ferreira terá de ser pelo menos de 0,4233 euros. A Cofina pode rever o seu valor após esta oferta concorrente.

Segundo a CMVM, "essa análise, tendente à determinação de uma contrapartida mínima, encontra-se já em curso por auditor independente designado para o efeito no contexto da oferta preliminarmente anunciada pela Cofina, o que igualmente aproveitará para a oferta da Pluris".

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