Notícia
CMTV analisa possível queixa contra Ronaldo
O canal da Cofina considera que a atitude de Cristiano Ronaldo "envergonhou a nação" e exige um pedido de desculpas do jogador e da Federação Portuguesa de Futebol. Em cima da mesa está também uma possível acção judicial contra o jogador.
A CMTV vai analisar esta quinta-feira os contornos da atitude de Cristiano Ronaldo para decidir se avança ou não com uma acção judicial contra o jogador, disse ao Negócios Octávio Ribeiro, director do canal da Cofina.
Em causa está a reacção do jogador à pergunta de um jornalista do canal, esta quarta-feira. Quando foi questionado se "estava preparado para o jogo" contra a Hungria, Ronaldo atirou o microfone da CMTV para um lago durante o passeio da selecção nacional em Lyon.
Carlos Rodrigues, director adjunto do canal, reagiu à situação durante a emissão do Jornal1, da CMTV, afirmando que a atitude "envergonhou a nação". E considera que a CMTV merece "um pedido de desculpa por parte do Ronaldo e da Federação Portuguesa de Futebol".
A reacção de Cristiano Ronaldo correu mundo, tendo-se tornado viral nas redes sociais e até objecto de várias brincadeiras através de montagens.
Mas enquanto nas redes sociais o tema era tratado com humor, nos media e nas entidades representantes do sector a questão não foi encarada da mesma forma.
Para Henrique Pires Teixeira, presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), "em causa um crime de atentado à liberdade de informação", disse ao Expresso.
O advogado explica que o jornalista da CMTV "estava a trabalhar e a cumprir a sua função". O que é preciso saber é se a atitude do capitão da selecção portuguesa foi "com intenção de o impedir de informar ou se havia alguma picardia anterior entre ambos", explicou ao semanário. Por isso, considera que se trata "de um crime público" que "o MP terá de investigar".
Uma opinião que não é partilhada pelo antigo presidente da CCPJ: "Este acto não apresenta contornos de um atentado à liberdade constitucional em informar. Apenas e tão só poderá revestir-se de um crime de dano simples", sublinhou Pedro Mourão, ao jornal da Impresa.
No entanto, o jurista também aponta o dedo à reacção de Ronaldo, realçando que é um mau exemplo para os jovens, "que vêem um herói neste capitão da selecção". "Se não queria responder à pergunta do jornalista, estava no seu direito e só tinha que seguir o seu caminho".
Os conflitos entre o jogador a o canal de televisão já são antigos. Cristiano Ronaldo já avançou com vários processos contra o Correio da Manhã por alegadas notícias falsas e de violação da privacidade.
Um dos episódios mais conhecidos que demonstram a má relação entre o jogador e a jornal da Cofina, dona do Jornal de Negócios, Sábado e Record, aconteceu há dois anos. Durante uma conferência de imprensa, depois de um jornalista do canal de televisão ter feito uma pergunta, jogador respondeu: "CMTV? O que é isso? Não vale a pena. Não vou responder".
Em causa está a reacção do jogador à pergunta de um jornalista do canal, esta quarta-feira. Quando foi questionado se "estava preparado para o jogo" contra a Hungria, Ronaldo atirou o microfone da CMTV para um lago durante o passeio da selecção nacional em Lyon.
A reacção de Cristiano Ronaldo correu mundo, tendo-se tornado viral nas redes sociais e até objecto de várias brincadeiras através de montagens.
Mas enquanto nas redes sociais o tema era tratado com humor, nos media e nas entidades representantes do sector a questão não foi encarada da mesma forma.
Para Henrique Pires Teixeira, presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), "em causa um crime de atentado à liberdade de informação", disse ao Expresso.
O advogado explica que o jornalista da CMTV "estava a trabalhar e a cumprir a sua função". O que é preciso saber é se a atitude do capitão da selecção portuguesa foi "com intenção de o impedir de informar ou se havia alguma picardia anterior entre ambos", explicou ao semanário. Por isso, considera que se trata "de um crime público" que "o MP terá de investigar".
Uma opinião que não é partilhada pelo antigo presidente da CCPJ: "Este acto não apresenta contornos de um atentado à liberdade constitucional em informar. Apenas e tão só poderá revestir-se de um crime de dano simples", sublinhou Pedro Mourão, ao jornal da Impresa.
No entanto, o jurista também aponta o dedo à reacção de Ronaldo, realçando que é um mau exemplo para os jovens, "que vêem um herói neste capitão da selecção". "Se não queria responder à pergunta do jornalista, estava no seu direito e só tinha que seguir o seu caminho".
Os conflitos entre o jogador a o canal de televisão já são antigos. Cristiano Ronaldo já avançou com vários processos contra o Correio da Manhã por alegadas notícias falsas e de violação da privacidade.
Um dos episódios mais conhecidos que demonstram a má relação entre o jogador e a jornal da Cofina, dona do Jornal de Negócios, Sábado e Record, aconteceu há dois anos. Durante uma conferência de imprensa, depois de um jornalista do canal de televisão ter feito uma pergunta, jogador respondeu: "CMTV? O que é isso? Não vale a pena. Não vou responder".