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Clinton gasta 500 mil dólares por dia em televisão
Análise realizada entre 15 e 27 de Junho dá conta de um investimento intenso da candidata do Partido Democrata à corrida às presidenciais nos Estados Unidos da América. Donald Trump, nas mesmas três semanas, ficou a zeros: “Eu nem preciso de anúncios na TV”, defende.
A proponente a candidata à presidência dos EUA pelo partido democrata, Hillary Clinton, conseguiu angariar mais de 68,5 milhões de dólares (61,44 milhões de euros) em Junho. No início do mês tinha 42,5 milhões de dólares (38,12 milhões de euros ao câmbio actual) no banco, de acordo com fontes da campanha, citadas pela Bloomberg.
Com este financiamento, que inclui, segundo a agência de notícias norte-americana, 28 milhões de dólares de angariação de fundos conjunta com o comité democrático nacional (dos EUA), a candidata do Partido Democrata está em vantagem financeira, para já, face a Donald Trump. O candidato republicano – que assegurou a nomeação do seu partido no início de Maio passado – terá, segundo o Guardian, arrancado o mês de Junho com 1,3 milhões de dólares (1,16 milhões de euros) no banco para financiar a sua campanha eleitoral.
Com a vantagem financeira, Hillary Clinton pagou quase 10.000 anúncios de propaganda na televisão americana nos primeiros 12 dias (entre 15 de Junho e 27 de Junho) da sua primeira compra de espaço televisivo.
De acordo com a análise da Bloomberg e da Kantar Media, foram 9.781 anúncios, com um custo estimado de seis milhões de dólares, ou seja, 500 mil dólares (448,5 mil euros) por dia. A propaganda da democrata – sobretudo "spots" biográficos de Hillary Clinton para reapresentá-la aos eleitores – foram transmitidos no Colorado, Flórida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Carolina do Norte, Ohio, Pennsylvania e Virgínia.
Ajuda extra de 158 milhões
A entidade, um comité de acção política (permitido nos EUA como angariador de fundos para um candidato, causa ou reforma), já obteve 88 milhões de dólares até o final de Maio. E planeia gastar 158 milhões em televisão, rádio e comunicação digital até ao dia das eleições presidenciais nos EUA.
"Donald Trump é demasiado divisionista e perigoso para alguma vez ser Presidente dos EUA", justifica Justin Barasky, porta-voz do comité. "O Priorities está empenhado em combatê-lo diariamente até elegermos Hillary Clinton como Presidente", adianta.
Já Donald Trump, que durante o mesmo período não investiu em televisão, não parece preocupado: "Eu nem preciso de anúncios na TV, se querem saber a verdade", disse o candidato republicano na passada quarta-feira, no Maine.