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SIC, 25 anos: "Não tivemos medo de arriscar", diz Balsemão

Francisco Pinto Balsemão, num depoimento escrito ao Negócios, fala sobre os momentos que considera mais marcantes desde que a SIC nasceu há 25 anos.

O antigo primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemão recordou 'o grande democrata' Mário Soares, que desempenhou dois mandatos presidenciais com 'grande dignidade, competência e capacidade'.
'Era um grande democrata. Lutou contra a ditadura de direita e por isso foi preso, foi exilado, mas nunca cedeu', afirmou hoje Pinto Balsemão em declarações à SIC Notícias, canal de televisão do grupo Impresa, ao qual preside.
Balsemão lembrou que Soares 'foi para a rua quando foi preciso e além disso participou na Assembleia Constituinte, foi ministro e chefiou governos e tudo isto teve uma importância fundamental para que o país conseguisse sair de onde estava, de 40 anos de ditadura de direita para uma Democracia de padrão ocidental'.
Mário Soares 'empenhou-se como soube e pôde na descolonização, contribuiu para a revisão constitucional de 1982', quando Balsemão era primeiro-ministro e líder do PSD, sem a qual 'manter-se-ia o Conselho da Revolução'. 'Foi possível fazer essa grande mudança', referiu.
Além disso, o agora presidente da Impresa salientou o 'papel determinante' de Mário Soares na adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE). 'Ele era um europeu convicto', disse.
Balsemão lembrou também a vitória de Soares nas eleições para a Presidência da República em 1986, 'noutro ponto fundamental de viragem em Portugal'. 'Desempenhou com grande dignidade, competência e capacidade as funções presidenciais em dois mandatos', afirmou.
05 de Outubro de 2017 às 22:10
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Os momentos mais marcantes da SIC] destacaria o que se mantém como fio condutor ao longo destes 25 anos: o pioneirismo. A SIC é pioneira desde 1992: não tivemos medo de arriscar e de apostar numa informação livre e independente e num entretenimento diferente do existente. Em 1992, a televisão já era a cores, mas parece que só com a SIC deixou de ser a preto e branco.

O pioneirismo manteve-se ao longo do tempo, já que soubemos antecipar as preferências dos públicos e criar canais segmentados para diferentes audiências. E continuamos a inovar, com uma televisão de proximidade aos cidadãos. Dou apenas um exemplo: fizemos a diferença em 1992 com o "Praça Pública" como agora, em 2017, fazemos a diferença com o "E Se Fosse Consigo?".

Hoje, apostamos num jornalismo multiplataforma, também digital, seja em meios como a SIC Notícias Online ou o Prime, sempre com a noção concreta dos valores que não devemos abdicar neste mundo de pós-verdades: rigor, isenção e responsabilidade, sem ceder ao momento e ao clique pelo clique.

As expectativas foram por isso cumpridas e ultrapassadas. Em 25 anos, a SIC superou o enorme desafio que é não ficar consignada a um pequeno mercado como o português. Conseguimos conquistar uma dimensão à escala global: somos vistos por 10 milhões de pessoas nos cinco continentes, por cabo, satélite ou internet. Deixamos de ser um canal para ser um universo.

Somos hoje a estação portuguesa que emite o maior número de canais no estrangeiro, oito: SIC Internacional, SIC Internacional África, SIC Notícias, SIC Mulher, SIC K, SIC Caras, SIC Radical e DStv Kids.

São feitos notáveis que celebramos como os telespectadores e com os anunciantes, neste ano tão especial para a televisão e para a sociedade portuguesa.
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