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Apple critica planos britânicos para aumentar vigilância na internet

Gigantes da tecnologia criticam proposta de lei britânica que visa aumentar poderes das autoridades para vigiar a internet e interceptar dados. A Apple foi a primeira a manifestar a sua oposição, mas outras se seguirão, como o Facebook e a Microsoft.

1ª Apple - marca avaliada em 170,276 milhões de dólares (151,86 milhões de euros)
Bloomberg
22 de Dezembro de 2015 às 13:50
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A Apple criticou as propostas das autoridades britânicas que visam aumentar os poderes de vigilância digital, argumentando que ameaças à segurança nacional não podem colocar em causa os dados de milhões de utilizadores, noticia esta terça-feira 22 de Dezembro, a Bloomberg.

O Reino Unido avançou no mês passado com uma proposta de lei cujo objectivo é aumentar os poderes de vigilância das autoridades para investigar potenciais crimes e ataques terroristas. Entre as medidas previstas inclui-se o direito de saber que sites os cidadãos britânicos visitam, caso isso seja necessário por questões de segurança nacional, escreve a Reuters.

Os críticos desta proposta – entre os quais a Apple - argumentam que a denominada Investigatory Powers Bill viola as liberdades individuais e dá às autoridades britânicas poderes mais extensos do que os actualmente previstos nos restantes países ocidentais, incluindo nos EUA, escreve a agência.

Segundo a Bloomberg, a Apple considera que o governo britânico já acede a uma quantidade de dados considerável, mostrando-se especialmente preocupada com a possibilidade de esta lei enfraquecer ferramentas de privacidade, como a encriptação, criando vulnerabilidades que podem ser exploradas não só por autoridades oficiais como por piratas informáticos experientes.

Além disso, alerta a empresa, em resposta à lei britânica, os restantes países podem aprovar legislação semelhante "paralisando as multinacionais sobre o peso do que podem ser dezenas ou centenas de leis nacionais contraditórias".

"A criação de portas de entrada e de capacidades de intercepção enfraqueceriam a protecção criada nos produtos da Apple e colocariam em perigo os clientes", argumentou a empresa num documento de oito páginas enviado ao comité britânico que está a estudar esta proposta de lei. "Uma chave debaixo do tapete estaria disponível não só para os bons da fita. Os maus da fita também a iriam encontrar", exemplificou.

A empresa da maçã, que usa encriptação de topo nos seus serviços de Face Time e de iMessage, considera que a melhor forma de proteger contra com esquemas cada vez mais complexos de pirataria informática e ciber-ataques é colocar no terreno maior – e não menor – encriptação, explica a Reuters.

Escreve a Bloomberg que o Google, o Facebook, o Twitter, o Yahoo e a Microsoft vão também submeter documentos a este comité de análise.

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