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Direito de resposta de Arons de Carvalho

Alberto Arons de Carvalho exerce o seu direito de resposta.

18 de Maio de 2018 às 12:50
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Exmo. Senhor,

Diretor do Jornal de Negócios,

 

Na edição de 4 de maio, e com o título "A falta de vergonha do zelote de Sócrates", publicou este jornal um artigo que, além de constituir um bom autorretrato do seu autor, Armando Esteves Pereira, contém diversas falsidades.

Esteves Pereira escreve, nomeadamente, que, enquanto membro da ERC, eu era pressionado por Sócrates para punir o Correio da Manhã, que fui "aliado de Sócrates na tentativa de censura ao Correio da Manhã" e ainda que liderei "ataques ao jornal". Acrescenta, caluniosamente, que escapei "ao crivo da justiça".

Estas afirmações constituem, em toda a linha, uma ignóbil mentira. Na verdade:

1. Em julho de 2017, o grupo Cofina apresentou à Assembleia da República uma petição solicitando a minha destituição como membro do Conselho Regulador da ERC. Ao mesmo tempo, solicitou também junto da ERC a minha demissão.

2. Alegava o Correio da Manhã que eu tinha sido pressionado por José Sócrates e, em consequência disso, teria pressionado os meus colegas do Conselho Regulador, antes de este aprovar, em fevereiro de 2014, com 4 votos favoráveis e uma abstenção, uma deliberação condenando o Correio da Manhã. O jornal baseava as suas acusações numa notícia publicada pelo semanário Sol mais de 2 anos antes.

3. Esta manobra do Correio da Manhã foi cabalmente desmentida naquela altura. Na verdade, não fui pressionado, nem pressionei nenhum dos membros do Conselho da ERC. Este facto está aliás comprovado em ata da reunião de 21 de janeiro de 2015, onde todos eles o desmentem expressamente. Dias depois, em 27 de janeiro, o mesmo seria reiterado por todos em mensagem publicada na Intranet da ERC.

4. Apesar de ter tido acesso a estas atas, nunca o Correio da Manhã corrigiu as suas falsas e desonestas acusações.

5. Quer a Assembleia da República, quer o Conselho Regulador da ERC rejeitaram liminarmente as mirabolantes petições da Cofina, factos que os órgãos de informação deste grupo também silenciaram até hoje.

6. Essas petições surgiram precisamente no mesmo dia – que coincidência!... – em que o Correio da Manhã e a CMTV foram obrigados a divulgar uma deliberação da ERC, aprovada por unanimidade, condenando-os pela publicação e emissão de um vídeo gravado sem autorização, num autocarro em que uma jovem era vítima de uma agressão sexual.

Depois de ser rotulado de "censor, escroque e suspeito de crime", desta vez, o pretexto para ser apodado de "zelote" é uma frase que me foi atribuída em título (descontextualizado) de uma entrevista que concedi ao jornal i.

 

Alberto Arons de Carvalho

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