Notícia
Sumol+Compal lucra 4,4 milhões em 2013
Quase um terço das vendas da fabricante de sumos e néctares foi obtido no mercado internacional.
O grupo de bebidas refrigerantes, sumos e néctares Sumol+Compal registou lucros de 4,4 milhões de euros em 2013, o que compara com 900 mil euros um ano antes, de acordo com o comunicado publicado esta terça-feira.
Durante os 12 meses que terminaram a 31 de Dezembro último, a S+C registou um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortização e depreciação) de 39,2 milhões de euros, mais 10,11% do que em 2012. No mesmo período, os resultados operacionais (EBIT) foram de 24,6 milhões de euros, um crescimento de 16% face ao ano precedente, de acordo com o mesmo comunicado.
A administração da S+C explica que a “melhoria dos resultados líquidos ficou a dever-se, designadamente, à evolução das vendas nos mercados internacionais e também à performance operacional do grupo em termos nacionais”.
Grupo internacionaliza 30% das vendas
Em termos globais, o volume de negócios da fabricante cresceu 2,02%, para 301,7 milhões de euros. As vendas consolidadas atingiram os 289,3 milhões de euros, uma progressão de 2,04% face a 2012.
Do total, a Península Ibérica foi responsável por 202,7 milhões, menos 0,24% do que nos 12 meses terminados a 31 de Dezembro de 2012. A direcção da S+C adianta que “ao longo do exercício de 2013” a companhia “conseguiu também reforçar a liderança do universo de bebidas não alcoólicas [em Portugal], tendo alcançado uma quota de mercado de 25,6%, beneficiando da introdução de novos produtos”.
“Positiva” é como a administração da companhia classifica “a evolução das vendas nos mercados internacionais”, onde se verificou um aumento de 7,7%, em valor, para 86,5 milhões de euros. Com “vendas em mais de 70 países”, o grupo conseguiu assim fazer 29,8% das vendas em mercados internacionais.
Recorde-se que desde Maio do ano passado, a S+C tem uma unidade industrial em Moçambique – que se junta às quatro fábricas já existentes em Portugal – cujos “sumos e néctares produzidos” serão comercializados naquele país africano, mas também “noutros países da SADC (Southern African Development Community)”.
“Em volume”, acrescenta a nota da S+C, “as vendas nos mercados internacionais cresceram 2,1%, para 132 milhões de litros, o que constitui um novo marco histórico”, acrescenta o grupo. Assim, actualmente, “cerca de 42% do volume das marcas da Sumol+Compal é realizado nos mercados externos”.
A companhia, cujo investimento em 2012 ascendeu a 8,2 milhões de euros, assinou em Setembro passado um contrato para uma quinta unidade industrial, desta feita com o Estado Angolano, o que deverá aumentar o peso das vendas internacionais no futuro. Neste caso, o investimento “deverá ascender a 22 milhões de euros, na construção de “uma fábrica de enchimento de sumos, néctares e refrigerantes, com as marcas da S+C e, eventualmente, marcas locais, bem como a sua comercialização e distribuição”.
2014 com mais volume de negócios
Também pela via internacional, a companhia espera vir a manter, e mesmo a aumentar, o seu volume de negócios este ano. A administração da S+C escreve no comunicado enviado às redacções, que “fora de Portugal” a companhia “deverá continuar a crescer, beneficiando de enquadramentos económicos positivos e do reforço da aposta estratégica nos mercados internacionais”.
Mas reconhece: “contudo, o eventual agravamento significativo de direitos aduaneiros em Angola poderá contrariar esta expectativa de crescimento”.
Incluindo Portugal e Espanha, onde faz mais de dois terços das suas vendas, e sustentando o seu crescimento num “ritmo apreciável de lançamento de inovações nas diferentes marcas e explorando as oportunidades ainda existentes”, a S+C “estima que em 2014 o volume de negócios e a rendibilidade operacional sejam moderadamente superiores aos verificados em 2013”, conclui o comunicado.
Sumol+Compal: Desde Um Bongo até à Pepsi