A fabricante de bebidas portuguesa inaugurou esta quarta-feira a unidade industrial de Boane (na foto), em Moçambique, a primeira fábrica a laborar fora do território nacional e adquirida em Março de 2012.

A fábrica em solo moçambicano representa um investimento de oito milhões de euros e marca o início da actividade industrial da empresa no continente africano, “uma das áreas prioritárias nos esforços de internacionalização da empresa”, refere a empresa em comunicado. Segundo a companhia, Moçambique foi o país escolhido por “reunir as condições essenciais oferecidas a investidor estrangeiro e pela sua posição geostratégica”.

A nova unidade industrial vai ter a capacidade instalada de 30 milhões de litros anuais, o que vai permitir servir um mercado com 170 milhões de habitantes, que “apresenta todas as condições para um crescimento forte e sustentado”, sublinha o documento.

Embora o mercado moçambicano apresente as condições para a empresa crescer, a situação no mercado interno não é tão favorável. Em 2012, o resultado líquido da Sumol+Compal caiu 78,5%, fixando-se nos 900 mil euros, um resultado que reflecte uma redução nas vendas.

Já este ano, a empresa avançou com o despedimento colectivo de 70 pessoas, parte de um plano de reestruturação que passa pela alteração do modelo organizacional da empresa.

A Sumol+Compal é a terceira maior produtora de bebidas em Portugal, atrás da Unicer e da Central de Cervejas, mas foi a primeira a conseguir expandir-se para o mercado africano.

(Notícia rectificada às 14h12: por lapso, estava indicado Bonae quando devia estar Boane)