O grupo de bebidas nascido da fusão entre a Sumol e a Compal assinou hoje um acordo para a compra de uma unidade fabril em Moçambique, projecto que vai absorver um investimento de oito milhões de euros, anunciou a empresa.

Em comunicado ao mercado, a direcção da Sumol+Compal (S+C) afirma que assinou hoje “o contrato de promessa de compra e venda de uma instalação industrial nos arredores de Maputo” e “diversos equipamentos com o objectivo de produzir localmente produtos” das marcas da companhia. “A execução do contrato está prevista para a primeira metade do próximo mês de Março”, adianta.

“Um investimento da ordem dos oito milhões de euros” está previsto para “o primeiro ano de actividade de uma fábrica que deverá garantir “a produção e comercialização de produtos das marcas [da empresa] no mercado de Moçambique e em 12 dos restantes 13 países” que também fazem parte da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral. “Angola, que integra a SADC, não fica abrangida neste projecto”, sublinha.

Para realizar o investimento em Moçambique, o grupo S+C constituiu a Sumol+Compal Moçambique, sociedade de direito moçambicano na qual a companhia portuguesa “deterá, na fase de arranque, uma participação de 90%”. A sociedade-veículo já foi “registada na Direcção Nacional de Registos e Notariado do Ministério da Justiça da República de Moçambique”.

No comunicado, assinado por António Casanova, administrador com o pelouro da representação com o mercado, é defendido que o projecto “constitui um passo importante no processo de internacionalização da S+C, ponto crucial da estratégia da companhia para os próximos anos”, O investimento, acrescenta, “insere-se no programa mais alargado de identificação de parcerias estratégicas que possam contribuir para a consolidação do negócio em Portugal e para o crescimento nos mercados internacionais”.

A S+C vendeu no ano passado um total de 80 milhões de euros para os mercados externos, avança o comunicado, mais 30% do que o registado em 2010.