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Sonae Indústria vai investir mais 77 milhões

A Sonae Arauco, grupo detido a meias pela Sonae Indústria e a chilena Arauco, vai investir 77 milhões de euros em três fábricas, dos quais 15 milhões na unidade de Mangualde, e o restante em polos produtivos na Alemanha e na África do Sul.

Paulo Duarte
28 de Março de 2019 às 12:23
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Na fábrica de Mangualde da Sonae Arauco, que ardeu parcialmente em outubro de 2017, já foram investidos desde então 27 milhões de euros. Entre este ano e o próximo, a fábrica deverá receber mais 15 milhões de euros de investimento, revelou Christopher Lawrie (na foto), presidente do comité de gestão da Sonae Indústria, esta quinta-feira, 28 de março, num encontro com jornalistas, na Maia.

"Na fábrica de Mangualde, do plano de investimento de 42 milhões de euros foram já realizados 27 milhões, enquanto os restantes 15 milhões deverão ser feitos até meio de 2020", detalhou o mesmo gestor.

 

Para um total de investimento de 77 milhões de euros entre este e o próximo ano, a Sonae Arauco, que é detida a meias pela Sonae Indústria e a chilena Arauco, tem previsto investir 50 milhões numa das suas cinco fábricas na Alemanha, e outros 12 milhões na unidade que detém na África do Sul.

 

O investimento na fábrica de painéis de aglomerado de Mangualde acresce aos 49 milhões de euros pagos pelos seguros e que foram aplicados na reconstrução desta e da unidade de Oliveira de Hospital, ambas afetadas pelos incêndios, ressalvou o responsável da Sonae Indústria.

 

No ano passado, o investimento do grupo atingiu cerca de 212,5 milhões de euros, mais 6,8 milhões do que no ano anterior.

 

A Sonae Arauco tem 12 fábricas em quatro países, quatro das quais em Portugal, enquanto a Sonae Indústria possui quatro unidades - duas em Portugal, uma na Alemanha e outra no Canadá.

 

De resto, a dívida líquida proporcional do grupo, ou seja, integrando os 50% que a Sonae Indústria na "joint-venture" com a Arauco, diminuiu perto de quatro milhões de euros para 279,5 milhões de euros no final de 2018.

 

Este valor considera "um ajustamento de 27,6 milhões de euros à dívida líquida da Sonae Arauco em 2018 que corresponde a 32,6 milhões de euros de compensações de seguros (relacionado com os danos dos incêndios em Portugal) por receber no final de 2018 e entretanto recebidos em 2019, líquido de uma estimativa de cinco milhões de euros para valores ainda pendentes de pagamento pela Sonae Arauco no final de 2018".

 

A Sonae Indústria reportou lucros de 11 milhões de euros em 2018, o que corresponde a uma queda de 27,8% face aos 15,3 milhões de euros registados no ano anterior.

 

Já o volume de negócios consolidado no último exercício atingiu cerca de 220,2 milhões de euros, uma redução de 4,7% face aos 231 milhões verificados em 2017.

 

Considerando os 50% com a Arauco, a faturação diminuiu 18,4 milhões de euros, para 612 milhões.

 

A redução do volume de negócios, explicou o grupo, justifica-se com a redução dos volumes de vendas no negócio de laminados e componentes (em particular para os mercados nórdicos) e pela variação cambial do dólar canadiano, cujo impacto no volume de vendas atingiu 9,1 milhões de euros, assim como pela redução da contribuição da Sonae Arauco de cerca de 7,6 milhões de euros, "parcialmente explicada pelos impactos dos incêndios de 2017".

 

Questionado sobre as perspetivas para 2019, Christopher Lawrie deixou uma nota positiva: "Queremos assegurar que os nossos resultados serão este ano melhores do que no ano passado, os quais estiveram abaixo das nossas expectativas, pelas razões já explicadas".

(Notícia atualizada às 13:16)

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