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Soja de Portugal vai investir 10 milhões na produção de carne de aves e nos matadouros
O grupo Soja de Portugal pretende investir dez milhões de euros, até 2022, na produção de carne de aves e na capacidade de abate e desmancha dos matadouros, prevendo a possibilidade de aumentar o número de postos de trabalho.
Até 2022, o grupo Soja de Portugal pretende investir dez milhões de euros na produção de carne de aves e na capacidade de abate e desmancha dos matadouros, prevendo a possibilidade de aumentar o número de postos de trabalho.
"Está previsto um pacote de investimentos na ordem dos dez milhões de euros, no âmbito do aumento da produção própria de carnes de aves e da capacidade de abate e desmancha dos matadouros. A meta [para a concretização do investimento] é, no máximo, 2022", disse o presidente executivo do grupo Soja de Portugal, António Isidoro, em declarações à Lusa.
Na sequência destes investimentos, o grupo, que atualmente emprega 650 colaboradores diretos, não descarta a possibilidade de aumentar o número de funcionários, em função da atividade gerada.
O grupo opera em cinco áreas de negócio: alimentos compostos para avicultura e pecuária; alimentos compostos para aquacultura; alimentos secos para cães e gatos; produção, abate, desmancha e comercialização de carne de aves; e recolha, tratamento e valorização de subprodutos de origem animal.
No decorrer de 2019, a dona da Avicasal pretende continuar a crescer "fora de portas", mantendo também subidas setoriais em Portugal.
"Pretendemos continuar a expansão em países africanos e no Médio Oriente. A Turquia, o Qatar, o Irão e o Omã começam também a tornar-se mercados interessantes para nós", indicou.
De acordo com António Isidoro, para isso, o grupo agroindustrial pretende continuar a destacar-se pelo "serviço e atenção", adequando os produtos à necessidade dos clientes.
Adicionalmente, a estratégia de internacionalização do grupo passa pela auscultação do mercado, através de feiras internacionais e visitas exploratórias.
"Somos uma empresa que, em Portugal, tem alguma dimensão, mas, quando falamos em termos mundiais, somos muito pequenos", ressalvou.
De acordo com os dados disponibilizados à Lusa, em 2018, o volume de negócios do Grupo Soja de Portugal atingiu 162 milhões de euros, o que traduz um aumento de quatro milhões de euros face ao período homólogo.
Por sua vez, as exportações avançaram 15%, ultrapassando os 30 milhões de euros.
No ano de referência, o principal mercado de exportação foi Espanha, representando cerca de 30% do valor total, seguido pela Grécia e pela Itália.
"O ano correu positivamente. Conquistámos mais mercados e estamos a crescer em exportações. Foi um ano positivo, mas não podemos dizer que foi extraordinariamente positivo", concluiu.
Criado em 1943, o grupo que conta atualmente com mais de três mil clientes, detém também empresas como a Sorgal (alimentação animal), a Savinor (transformação de carne de aves) e a Aquasoja (alimentação para peixes de aquacultura).
A Soja de Portugal possui fábricas e instalações em vários pontos do país, entre os quais se destacam a Trofa, Ovar, Pinheiro de Lafões, São Pedro do Sul, Vouzela, Pinhel e Torres Novas, segundo a informação disponível na página do grupo na internet.