Notícia
Retomadas obras para expandir produção de zinco na mina de Neves-Corvo
A Somincor já retomou obras do projecto de 260 milhões de euros para expandir a produção de zinco na mina alentejana de Neves-Corvo, que tinha suspendido devido às "perturbações laborais" e possíveis novas greves na empresa.
02 de Abril de 2018 às 16:51
"Houve uma suspensão de trabalhos à superfície motivada pelas ameaças de paralisação que, a acontecerem, poderiam não permitir a entrada de empreiteiros", disse hoje à agência Lusa Kenneth Norris, administrador-delegado da empresa Somincor, a concessionária da mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, no distrito de Beja.
Os trabalhos à superfície "já foram retomados", indicou, frisando que é "importante reafirmar que a continuação dos avultados investimentos previstos" no Projecto de Expansão do Zinco na mina "só é possível num ambiente de estabilidade laboral como aquele que se vive neste momento, com todas as partes apostadas numa actividade normal na Somincor".
Já as obras subterrâneas, que começaram em maio de 2017, "nunca estiveram paradas", apesar de terem sido "negativamente" afectadas pelas greves de trabalhadores da Somincor realizadas no último trimestre daquele ano, disse, referindo que os "atrasos" nas obras "tiveram impacto no calendário", mas o início de produção do projecto "ainda se mantém previsto para a segunda metade de 2019".
No passado dia 18 de Janeiro, a companhia sueco-canadiana Lundin Mining, a dona da Somincor, tinha anunciado a suspensão e o adiamento das obras à superfície do projecto devido às "perturbações laborais" e possíveis novas greves e "até que se verifique a estabilidade total da operação" na empresa.
Segundo Kenneth Norris, o projecto para expandir a produção de zinco na mina de Neves-Corvo é "muito significativo para a Lundin Mining" e tem "uma importância estratégica para a operação da Somincor".
O projecto irá criar "muitos postos de trabalho" durante as fases de construção (cerca de 350) e de operação e, se for "bem-sucedido", "a vida e a boa saúde do negócio da Somincor estender-se-ão por muitos anos", sublinhou.
Trata-se de um "investimento crucial para a modernização da operação e para a transição" da mina de Neves-Corvo "para uma mina predominantemente de zinco, o que é essencial para a sua competitividade a longo prazo".
O projecto vai permitir "mais do que duplicar" a produção anual de zinco da mina, de um milhão de toneladas, actualmente, para cerca de 2,5 milhões de toneladas, e de chumbo "nos próximos dez anos, o que é essencial para fazer face às reservas de cobre mais limitadas actualmente", explicou.
Graças ao projecto, indicou, o tempo de vida útil da mina irá prolongar-se "para lá de 2029", o volume de exportações da Somincor irá aumentar "50%" e "o valor absoluto de impostos e 'royalties' pagos ao Estado" irá chegar a "cerca de 80 milhões de euros".
"É importante relevar o impacto positivo para a região da manutenção da actividade da Somincor" para além do [actual] tempo de vida útil da mina, ou seja, para lá de 2029", sublinhou.
Segundo Kenneth Norris, o projecto vai implicar um investimento inicial de 260 milhões de euros, mas "este é apenas" o valor "anterior" à entrada em produção do projecto, já que a Somincor irá fazer "investimentos adicionais anualmente" para "manter a operação em crescimento e com custos operacionais e de produção controlados".
As obras do projecto prevêem a "significativa" expansão da mina para o jazigo do Lombador, novos sistemas de britagem e transporte subterrâneos, aumento da capacidade do poço de extracção, construção de novo sistema de manuseamento de materiais entre os 1.000 e os 500 metros de profundidade, instalação de tecnologia de ponta na expansão da lavaria de zinco e expansão vertical da barragem de rejeitados da mina.
"Em paralelo" com o Projecto de Expansão do Zinco, a Somincor mantém o investimento habitual de cerca 50 milhões de euros por ano no desenvolvimento da sua operação e os trabalhos de prospecção "com vista a alargar a vida útil da mina para lá de 2029", disse.
A Somincor está "altamente empenhada" nos trabalhos de prospecção e "em manter o seu forte papel de agente de coesão social na região", frisou.
Os trabalhadores já fizeram três greves entre Outubro e Dezembro de 2017, que provocaram paragens na extracção e na produção de minério na mina de Neves-Corvo, e este ano decidiram fazer duas em Março, uma entre os dias 05 e 09, que foi suspensa, e outra entre os dias 26 e 30, que foi desconvocada.
Fim do regime de laboração contínua no fundo da mina, "humanização" dos horários de trabalho, antecipação da idade da reforma para os funcionários das lavarias, progressão nas carreiras, revogação das alterações unilaterais na política de prémios e "fim da pressão e da repressão" são as principais reivindicações dos trabalhadores.
Os trabalhos à superfície "já foram retomados", indicou, frisando que é "importante reafirmar que a continuação dos avultados investimentos previstos" no Projecto de Expansão do Zinco na mina "só é possível num ambiente de estabilidade laboral como aquele que se vive neste momento, com todas as partes apostadas numa actividade normal na Somincor".
No passado dia 18 de Janeiro, a companhia sueco-canadiana Lundin Mining, a dona da Somincor, tinha anunciado a suspensão e o adiamento das obras à superfície do projecto devido às "perturbações laborais" e possíveis novas greves e "até que se verifique a estabilidade total da operação" na empresa.
Segundo Kenneth Norris, o projecto para expandir a produção de zinco na mina de Neves-Corvo é "muito significativo para a Lundin Mining" e tem "uma importância estratégica para a operação da Somincor".
O projecto irá criar "muitos postos de trabalho" durante as fases de construção (cerca de 350) e de operação e, se for "bem-sucedido", "a vida e a boa saúde do negócio da Somincor estender-se-ão por muitos anos", sublinhou.
Trata-se de um "investimento crucial para a modernização da operação e para a transição" da mina de Neves-Corvo "para uma mina predominantemente de zinco, o que é essencial para a sua competitividade a longo prazo".
O projecto vai permitir "mais do que duplicar" a produção anual de zinco da mina, de um milhão de toneladas, actualmente, para cerca de 2,5 milhões de toneladas, e de chumbo "nos próximos dez anos, o que é essencial para fazer face às reservas de cobre mais limitadas actualmente", explicou.
Graças ao projecto, indicou, o tempo de vida útil da mina irá prolongar-se "para lá de 2029", o volume de exportações da Somincor irá aumentar "50%" e "o valor absoluto de impostos e 'royalties' pagos ao Estado" irá chegar a "cerca de 80 milhões de euros".
"É importante relevar o impacto positivo para a região da manutenção da actividade da Somincor" para além do [actual] tempo de vida útil da mina, ou seja, para lá de 2029", sublinhou.
Segundo Kenneth Norris, o projecto vai implicar um investimento inicial de 260 milhões de euros, mas "este é apenas" o valor "anterior" à entrada em produção do projecto, já que a Somincor irá fazer "investimentos adicionais anualmente" para "manter a operação em crescimento e com custos operacionais e de produção controlados".
As obras do projecto prevêem a "significativa" expansão da mina para o jazigo do Lombador, novos sistemas de britagem e transporte subterrâneos, aumento da capacidade do poço de extracção, construção de novo sistema de manuseamento de materiais entre os 1.000 e os 500 metros de profundidade, instalação de tecnologia de ponta na expansão da lavaria de zinco e expansão vertical da barragem de rejeitados da mina.
"Em paralelo" com o Projecto de Expansão do Zinco, a Somincor mantém o investimento habitual de cerca 50 milhões de euros por ano no desenvolvimento da sua operação e os trabalhos de prospecção "com vista a alargar a vida útil da mina para lá de 2029", disse.
A Somincor está "altamente empenhada" nos trabalhos de prospecção e "em manter o seu forte papel de agente de coesão social na região", frisou.
Os trabalhadores já fizeram três greves entre Outubro e Dezembro de 2017, que provocaram paragens na extracção e na produção de minério na mina de Neves-Corvo, e este ano decidiram fazer duas em Março, uma entre os dias 05 e 09, que foi suspensa, e outra entre os dias 26 e 30, que foi desconvocada.
Fim do regime de laboração contínua no fundo da mina, "humanização" dos horários de trabalho, antecipação da idade da reforma para os funcionários das lavarias, progressão nas carreiras, revogação das alterações unilaterais na política de prémios e "fim da pressão e da repressão" são as principais reivindicações dos trabalhadores.