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PCP acusa Miranda Sarmento de mentir sobre a Inapa

Comunistas consideram falsa a afirmação do Ministério segundo a qual o Estado não tinha representação na Assembleia de Acionistas da Inapa - e apresentam documentos que sustentam a acusação.

António Cotrim / Lusa
22 de Janeiro de 2025 às 22:23
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O PCP acusa o Ministério das Finanças de ter mentido aos deputados no caso Inapa quando afirmou que o Estado não esteve representado na Assembleia Geral que nomeou a última administração da empresa.

Em causa está uma resposta dada em julho pelo gabinete de Miranda Sarmento à bancada parlamentar comunista, que o questionou sobre a insolvência da distribuidora de papel. Na réplica, o Terreiro do Paço escreve que "todos os administradores do Conselho de Administração da Inapa foram nomeados em sede de Assembleia Geral de Acionistas onde o Estado não se encontra representado".

A discórdia acontece devido ao final da frase. É que o Estado – através da Parpública – esteve mesmo presente na Assembleia Geral, como mostram documentos anexados pelo PCP a um novo conjunto de perguntas enviado a Miranda Sarmento.

Num deles – a folha de presenças da assembleia de acionistas decorrida em maio de 2024 e na qual se elegeu o novo CEO – consta o nome e assinatura de Eduardo Silva Lima enquanto representante da Parpública. E não foi uma presença passiva: na reunião, a entidade que gere as participações do Estado propôs um voto de confiança no Conselho de Administração e na Comissão Executiva da empresa. A proposta foi aprovada sem votos contra.

Agora, o PCP envia oito novas questões a Miranda Sarmento sobre o papel do Estado na insolvência da Inapa, e logo na primeira perguntam se o ministério assume que faltou a verdade.

Os comunistas pretendem também conhecer, entre outros aspetos, qual a situação dos 200 trabalhadores da companhia, qual a perda para o Estado com a insolvência, e sobretudo como pode o Executivo argumentar que só tomou conhecimento da situação difícil da empresa a 11 de julho, quando a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das ações da empresa, quando a Parpública mostrou ter um conhecimento detalhado da evolução da situação da empresa nos meses que antecederam a queda.

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