Notícia
Negócio de envelopes estava a ser cartelizado
A Autoridade da Concorrência detectou um cartel de cinco empresas na produção e comércio de envelopes. A Firmo tem de pagar 160 mil euros.
A Autoridade da Concorrência detectou um cartel na produção e comercialização de envelopes de papel, que levou à condenação de cinco empresas.
A Firmo terá de pagar uma coima de 160 mil euros.
Uma quinta empresa, diz em comunicado a AdC, "tinha já sido condenada – em Maio de 2016 - ao pagamento de uma coima no valor de 440 mil euros, pela participação na mesma infracção". Nessa altura, a condenada foi a Antalis Portugal, tendo, então, a entidade liderada na altura por António Ferreira Gomes (na foto) explicado ter sido possível concluir antecipadamente o processo relativamente a essa empresa pela "colaboração prestada", tendo por isso beneficiado do regime de redução de coima, ao abrigo do regime de clemência e processo de transacção.
A investigação foi desenvolvida pela AdC entre 2007 e 2010, tendo a entidade - que entretanto mudou de presidente (Margarida Matos Rosa substituiu Ferreira Gomes que foi para a OCDE) - concluído que as empresas "manipularam as respectivas propostas de fornecimento, acordando entre si os preços a apresentar, de forma a determinar artificialmente a empresa à qual o fornecimento seria adjudicado". O inquérito foi instaurado em Setembro de 2011, tendo havido buscas em Fevereiro de 2015. O que significa que este é um processo que acaba por "ocupar" três presidentes da Concorrência: Manuel Sebastião, que iniciou a investigação, António Ferreira Gomes, que a concluiu, e Margarida Matos Rosa que a comunica.
A conclusão na AdC do processo acontece agora com a condenação a cinco empresas.
(Notícia actualizada com mais informação e corrigido o nome da empresa)