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Martifer aumenta lucros para 11,5 milhões e fatura mais 20% no primeiro semestre

O grupo controlado pelos irmãos Martins e a Mota-Engil fechou os primeiros seis meses de 2024 a lucrar mais 27% do que há um ano, com as vendas a atingirem os 126,5 milhões de euros e a carteira de encomendas a fixar-se em 703 milhões.

Pedro Duarte, CEO da Martifer. Daniela Ferreira
20 de Agosto de 2024 às 17:14
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A atividade fundacional da Martifer, a construção metálica, está quase a ser ultrapassada pela indústria naval na geração de receitas para o grupo sediado em Oliveira de Frades.

 

A atividade desenvolvida nos estaleiros navais da West Sea em Viana do Castelo, a que acresce a operação da Navalria em Aveiro,  contribuíram com 40% dos 126,5 milhões de euros de faturação do grupo Martifer no primeiro semestre deste ano, enquanto a construção metálica representou 46% do total.

 

A ultrapassagem deverá ocorrer em breve: a indústria naval respondia por 69% da carteira de encomendas do grupo, que no final de junho passado estava fixada em 703 milhões de euros, valor que é inferior em 50 milhões face a dezembro passado e superior em 272 milhões em relação há um ano.

Para um volume de negócios global que registou um crescimento homólogo de 20% - ou seja, mais 21,1 milhões de euros do que há um ano -, os contributos dos segmentos das energias renováveis e da manutenção industrial da Martifer representaram 7% cada, detalha o grupo, esta terça-feira, 20 de agosto, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).  

Nos primeiro seis meses de 2024, as exportações geraram 74% da faturação consolidada do grupo controlado pelos irmãos Martins e a Mota-Engil.

Mais lucros, EBITDA reforçado e menos dívida

 

O resultado líquido do grupo na primeira metade de 2024 atingiu os 11,5 milhões de euros, mais 2,4 milhões do que no período homólogo do ano passado, o que correspondeu a um robusto aumento de 27% face ao obtido há um ano.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou sete milhões para 20,4 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

 

Entretanto, o grupo continua fortemente comprometido na redução do seu endividamento. No final de junho passado, a dívida bruta da Martifer era de 89,7 milhões de euros, menos 1,7 milhões face a dezembro passado e inferior em 116 milhões de euros em relação há meia dúzia de anos.

"Update" ao plano estratégico 2026-2026

 

No comunicado enviado à CMVM, o grupo revela que definiu para o triénio 2024-2026 um "update" ao plano estratégico, "alicerçado nos pilares que sustentaram o sucesso dos últimos anos, mas com a ambição renovada de um crescimento sustentado e sustentável e mantém-se focado nos objetivos e na estratégia definida", sinaliza.

 

Na construção metálica, o foco da Martifer "está no reforço do perfil exportador do grupo, procurando oportunidades em mercados e clientes que valorizam qualidade e excelência".

 

Já no negócio da indústria naval, o grupo perspetiva aumentar a sua capacidade de reparação naval através da construção de uma nova doca seca nos estaleiros em Viana do Castelo, "posicionando-nos como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área e tornar as atividades de reparação e construção naval cada vez mais equilibradas no peso relativo do volume de negócios", realça.

 

Na área da energia, pretende "crescer de forma gradual e consistente, aumentando o peso relativo desta área de negócio no grupo, aproveitando as oportunidades associadas à transição energética e à descarbonização da economia".

E, ainda, estabelecer "parcerias com clientes alvo e posicionamento estratégico por cliente e em função do produto/geografia/preço/promoção", assim como "a inovação, transição digital e Inteligência Artificial como fator de desenvolvimento de vantagens competitivas".

 

A Martifer promete, também, "promover política de ESG do grupo, alinhada com cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", como sejam "energia renovável ‘limpa’, manter o foco na transformação digital e inovação na cadeia de valor da Indústria, economia circular, consumo sustentável e condições de trabalho, redução de desigualdades e igualdade de género".

 

(Notícia atualizada às 17:21)

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