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Martifer entra na aliança EDPR-Engie com 10% para o leilão offshore português

O grupo controlado pelos irmãos Martins e a Mota-Engil estabeleceu uma parceria estratégica com a Ocean Winds, empresa de investimentos na área da energia eólica offshore que é detida a meias pela EDP Renováveis e a francesa Engie.

Os projetos offshore são a nova aposta na energia eólica em Portugal.
Tom Little/Reuters
24 de Julho de 2024 às 07:49
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Em 2019, quando a EDP Renováveis (EDPR) e a Engie decidiram juntar os seus ativos eólicos offshore e o seu "pipeline" de projetos para criar a Ocean Winds, a "joint venture" luso-francesa tinha um total de 1,5 GW em construção e 4,0 GW em desenvolvimento.

 

Cinco anos depois, com a capacidade bruta eólica offshore da Ocean Winds já em funcionamento, em construção ou com direitos de desenvolvimento avançado concedidos a atingir cerca de 18 GW, a EDPR e a Engie decidiram captar um novo parceiro para o primeiro leilão eólico offshore em Portugal.

 

"A participação da Martifer na parceria é de 10% e está alinhada com o plano estratégico em vigor, nomeadamente na ambição de crescimento e criação de valor sustentado e sustentável na área da energia, em negócios que potenciam sinergias e ‘cross selling’ com as restantes áreas de negócio do grupo, e com parceiros de inequívoca credibilidade e competência", revela o grupo de Oliveira de Frades, esta quarta-feira, 24 de julho, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Recordando que "a Martifer tem-se destacado na implementação de soluções inovadoras e sustentáveis, tanto em energias renováveis como em infraestruturas energéticas", o grupo controlado pelos irmãos Martins e a Mota-Engil destaca que "esta aliança estratégica visa melhorar o posicionamento da empresa no próximo concurso eólico offshore em Portugal".

 

Esta mesma ideia é enfatizada no comunicado conjunto da Martifer e a Ocean Winds, ao anunciarem "a sua parceria estratégica para participarem conjuntamente no primeiro concurso para parques eólicos offshore em Portugal, que terá lugar este ano".

 

Não foi revelado o valor da operação.

Opera o único parque eólico offshore flutuante em Portugal

 

Para as intervenientes, esta parceria reúne "a vasta experiência internacional da Ocean Winds no desenvolvimento e na operação de parques eólicos offshore, incluindo o único parque eólico offshore flutuante em operação em Portugal, o WindFloat Atlantic, com o profundo conhecimento da Martifer Renewables & Energy do mercado português, apoiado pela liderança industrial do grupo Martifer".

 

Ao desenvolverem em conjunto parques eólicos offshore flutuantes de última geração," que fornecerão soluções de energia sustentável e limpa", dizem pretender "contribuir significativamente para os objetivos de energia renovável de Portugal de 2 GW até 2030, alinhados com os Planos Nacionais de Energia e Clima (PNEC) da União Europeia".

 

"Portugal encontra-se numa posição única para acelerar o desenvolvimento da comprovada tecnologia eólica offshore ao largo das suas costas. Estamos entusiasmados por unir forças com a Martifer Renewables & Energy para o primeiro concurso histórico, que deverá ser anunciado em breve", afirma José Pinheiro, diretor nacional para a Europa do Sul da Ocean Winds, realçando que "a Ocean Winds tem vindo a desenvolver e a operar com sucesso o parque eólico offshore flutuante WindFloat Atlantic a partir da sua base de operações e manutenção no porto de Viana do Castelo".

 

Para José Pinheiro, "acrescentando esta experiência local à sua experiência internacional em energia eólica offshore e combinando-a agora com a posição única da Martifer e com as suas capacidades industriais", a parceria "irá permitir a realização de projetos eólicos offshore eficientes, fiáveis e sustentáveis, reforçando a posição de liderança de Portugal nas energias renováveis e trazendo ao mesmo tempo um verdadeiro valor para o país".

 

"Estabelecer um novo padrão de inovação e excelência no setor eólico offshore"

 

Já Pedro Duarte, CEO do grupo Martifer, começa por manifestar entusiasmo com esta parceria estratégica com a Ocean Winds para participar no primeiro concurso de parques eólicos offshore em Portugal.

 

"Esta colaboração representa um passo significativo para a Martifer na promoção de energias renováveis e no desenvolvimento sustentável do nosso país. Acreditamos que, juntos, podemos contribuir de forma decisiva para a transição energética em Portugal e estabelecer um novo padrão de inovação e excelência no setor eólico offshore", conclui Pedro Duarte.

 

De referir que a Ocean Winds sinaliza que "está agora numa trajetória para atingir o objetivo de 2025 de 5 a 7 GW de projetos em funcionamento, ou em construção, e 5 a 10 GW em desenvolvimento avançado".

 

De resto, conclui, "enquanto a indústria antecipa os critérios finais do concurso, a Ocean Winds e a Martifer estão a preparar propostas abrangentes, incluindo com os principais fornecedores e infraestruturas nacionais, alinhadas com os objetivos nacionais para apoiar as metas de transição energética de Portugal", esperando que "esta parceria promova o crescimento económico, crie empregos de alta qualidade e traga tecnologias inovadoras para o mercado eólico offshore português".

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