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Maior fabricante mundial de botões mora em Famalicão e enfia mais uma expansão

A Louropel, que exporta 85% da produção de uma dúzia de milhões de botões por dia, tendo investido nos últimos anos 50 milhões de euros em projetos de ampliação e modernização, vai torna-se ainda maior.

A Louropel produz entre nove e 12 milhões de botões por dia.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 10 de Fevereiro de 2021 às 10:38

Começou em 1966 com duas máquinas de fazer botões numa cave na casa de família de Carlos Rego, em Gândara, Vila Nova de Famalicão, acompanhando o ritmo de crescimento da indústria têxtil e de confeções do Vale do Ave, que absorvia a esmagadora maioria da sua produção.

 

Entretanto, nos anos 90, confrontada com o fecho em catadupa das grandes fábricas têxteis, a Louropel, que tinha capacidade excedentária, virou-se para os mercados externos, tendo investido fortemente no reforço da sua capacidade industrial.

 

Empregando atualmente cerca de 250 trabalhadores e liderada por Avelino Rego - filho do fundador, que faleceu em 2010 -, a Louropel investiu nos últimos anos cerca de 50 milhões de euros em projetos de ampliação e modernização.

 

Resultado: em Louro, Vila Nova de Famalicão, mora a maior fabricante mundial de botões, exportando cerca de 85% de uma produção diária de entre nove e 12 milhões de unidades, sendo a Europa e os Estados Unidos os seus principais mercados, fornecendo grande marcas mundiais de vestuário como a Hugo Boss, Ralph Lauren, Armani, Valentino, Kenzo, Massimo Dutti, entre outras.

 

Agora, a Louropel decidiu tornar-se ainda maior, com o lançamento de um novo projeto de expansão fabril, num investimento de um milhão de euros.

 

"A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão reconheceu, na última reunião do executivo municipal, o relevante interesse público de uma nova ampliação da unidade fabril da Louropel", anunciou o município, esta quarta-feira, 10 de fevereiro, em comunicado.

 

Segundo a autarquia, o projeto de expansão da empresa famalicense "obteve assim parecer positivo do executivo para a desafetação necessária de uma parcela de terreno da Reserva Agrícola Nacional (RAN) onde a empresa pretende instalar uma das cinco novas unidades funcionais a construir - uma estrutura autónoma de classificação e produção de materiais reciclados, designada por Unidade de Reciclagem, destinada à produção de botões a partir de material reciclado", revela o município.

 

A autarquia liderada por Paulo Cunha realça que "os botões produzidos através de energias mais limpas e com a incorporação de produtos naturais e reciclados – os chamados "botões ecológicos biodegradáveis - são já uma imagem de marca da empresa famalicense", que com a construção desta nova unidade de reciclagem "passará a rececionar resíduos de outras atividades económicas, respondendo a novos padrões de consumo ecológico e sustentável e contribuindo ainda mais para a neutralidade carbónica e para a economia circular", enfatiza.

 

O presidente da Câmara de Famalicão destaca que a Louropel "é empresa com história, que tem apostado muito na sustentabilidade ambiental dos seus processos produtivos e que é um dos melhores exemplos para a afirmação de Famalicão como a ‘Cidade Têxtil de Portugal’".

 

Para Paulo Cunha, a intenção de expansão da Louropel "é uma boa notícia para Vila Nova de Famalicão", que, "nesta fase menos positiva, continua a ter empresas dispostas a apostar na melhoria das suas condições produtivas", afirmou.

 

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