A Semapa teve um resultado líquido atribuível a acionistas de 48,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma redução de 15,4% face aos 57 milhões do período homólogo, informou o grupo em comunicado enviado à CMVM.

A holding que controla a Navigator e a Secil justifica o resultado dizendo que "o EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] não conseguiu compensar a redução do resultado financeiro e o aumento das amortizações do exercício".

O EBITDA atingiu os 170,7 milhões de euros, ligeiramente acima dos 166,8 milhões registados há um ano. Desse valor, 133,3 milhões de euros foram gerados pela Navigator, que teve um acréscimo de 2%, e 34,8 milhões de euros pela Secil, que aumentou 8,3%. Os outros negócios, que já incluem a Triangle’s, contribuíram com 1,4 milhões de euros.

No caso da indústria da pasta e papel, "os resultados beneficiaram do aumento de volumes e da evolução positiva dos custos variáveis", mas "a redução de custos não compensou na totalidade a evolução de preços de venda".

Já no segmento de cimento, "a evolução positiva do EBITDA resultou da contribuição muito positiva dos negócios em Portugal e Brasil, que permitiu contrabalançar a performance menos positiva dos negócios na Tunísia e Líbano".

A margem EBITDA consolidada chegou aos 23,9%, 0,8 pontos percentuais abaixo do período homólogo.

Quanto ao volume de negócios consolidado do grupo liderado por Ricardo Pires, atingiu os 715,2 milhões de euros, mais 5,9% do que os 675,2 milhões que tinham sido alcançados entre janeiro e março do ano passado. A grande fatia corresponde à Navigator, que gerou vendas de 536,4 milhões, mais 7% do que há um ano. Tanto o negócio do papel (+9,1%) como do "tissue" (+41,4%) tiveram aumentos significativos. Segue-se a Secil, que faturou 163,2 milhões, um acréscimo de 2,4%.

Uma parte significativa da produção foi exportada (75,2%), atingindo os 537,6 milhões de euros.

A dívida líquida remunerada consolidada atingiu, por sua vez, 973,5 milhões de euros, tendo sido "inferior em 38,5 milhões de euros relativamente ao final de 2023".

E o investimento em ativos fixos ficou em 71,1 milhões de euros, contra os 60,6 milhões do período homólogo.