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Lucros da Navigator recuam para 23,5 milhões até março

Com o início de 2021 marcado por um segundo confinamento, a produtora de pasta e papel registou uma redução de 16% nas vendas para quase 341 milhões de euros. As perspetivas do grupo para o próximo trimestre "são de melhoria no setor de pasta, papel e tissue" com a recuperação da economia.

Política de dividendos da Navigator pode ser ajustada
28 de Maio de 2021 às 18:46
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A The Navigator Company obteve no primeiro trimestre deste ano lucros de 23,5 milhões de euros, o que significa uma diminuição de 23,2% face ao mesmo período de 2020, quando registou um resultado líquido de 30,6 milhões.

 

Em comunicado, o grupo liderado por António Redondo adianta que as vendas totais nos primeiros três meses deste ano recuaram 16% para 340,8 milhões de euros, tendo o EBITDA diminuído 20,2% para 70,6 milhões.

"O início do ano de 2021 continuou marcado por uma forte adversidade com um 'lockdown' intenso até ao fim do trimestre na maior parte dos principais mercados do grupo, tendo-se refletido na procura de papel na Europa e nos EUA", salienta a Navigator na apresentação dos resultados trimestrais.

Segundo acrescenta, "a pasta, que já se tinha mostrado particularmente resiliente em 2020, evidenciou em 2021 uma recuperação dos preços de referência", enquanto o tissue, "apesar do bom desempenho registado neste negócio, sofreu os impactos das restrições à circulação", perspetivando a empresa "uma retoma gradual deste mercado à medida que a atividade económica regresse à normalidade".

A Navigator diz ainda ter antecipado o período de manutenção das fábricas do segundo para o primeiro trimestre, fazendo coincidir com o confinamento, ao mesmo tempo que assegura que "manteve uma gestão eficaz nos custos e uma redução dos seus stocks".


Em termos de custos, a empresa salienta "o trabalho desenvolvido pelas equipas na redução transversal de custos fixos e variáveis, que ainda se refletiu no trimestre e que permitiu mitigar uma parte da redução do volume de negócios e atingir um EBITDA de 71 milhões", a que correspondeu uma margem de 21% (menos 1 ponto percentual que no primeiro trimestre de 2020).

Apesar de salientar que o futuro é ainda incerto, as perspetivas do grupo para o próximo trimestre "são de melhoria no setor de pasta, papel e tissue à medida que a economia recupera e o plano de vacinação é implementado", estimando "manter cerca de 80% da poupança atingida nos custos de funcionamento, entre 2019 e 2020, assim como na implementação do seu plano de investimentos e dos seus projectos de sustentabilidade".


Face ao primeiro trimestre de 2020, que considera de "difícil comparação", as vendas de papel foram nos primeiros três meses deste ano 8% inferiores e as vendas de pasta diminuíram 6%, enquanto as vendas de tissue aumentaram 4%.


O endividamento líquido do grupo diminuiu em 175,9 milhões, face ao período homólogo, para 624 milhões  de euros, mantendo-se o rácio de dívida líquida/EBITDA num nível de 2,33 X.

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