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Lucros da Navigator crescem 129% para 392 milhões em 2022

O volume de negócios da produtora de pasta e papel ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 2 mil milhões de euros no ano passado.

O volume de negócios da Navigator cresceu 62,8% até setembro para mais de 1,8 mil milhões de euros.
D.R.
16 de Fevereiro de 2023 às 17:41
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A The Navigator Company registou em 2022 lucros de 392,5 milhões de euros, o que significa uma subida de 129% face a 2021.

Em comunicado à CMVM, a produtora de pasta e papel adiantou que o volume de negócios atingiu os 2.465 milhões de euros no ano passado, "ultrapassando pela primeira vez a histórica barreira dos dois mil milhões de euros".


O volume de produção aumentou, em todos os produtos, face a 2021: no segmento de pasta mais de 3%, no segmento de papel 4% e no segmento de tissue mais de 2% no produto acabado.


Já o volume de vendas de papel totalizou 1.499 mil toneladas, o de pasta de mercado 255 mil toneladas e o de tissue 102 mil toneladas. 


O EBITDA foi de 736 milhões de euros, "o valor mais elevado da história da empresa" salienta.


O endividamento líquido registou uma redução face ao final de 2021 de 595 milhões para 382 milhões de euros. Já o rácio net debt/EBITDA situou-se em 0,52.


"A dinâmica dos preços internacionais de pasta, papel embalagem e tissue, potenciada pela melhoria do mix de produto e o foco no aumento de produtividade, a par da evolução dos preços de venda de energia renovável, impulsionaram os bons resultados registados no ano", refere a empresa liderada por António Redondo.

Segundo adianta, as vendas alcançadas "permitiram reforçar em 31 milhões de euros os custos com pessoal, o que possibilitou elevar a distribuição de prémios de desempenho, distribuir um novo prémio de produtividade aos colaboradores e reforçar o programa de rejuvenescimento".

Em 2022, a empresa diz ainda que aumentou em mais de 40%, para 112,5 milhões de euros, o valor do investimento, dos quais perto de cerca de 39,1 milhões dizem respeito a investimentos classificados como ambientais, referindo agora na prestação de contas que "nos próximos anos impulsionará o nível de investimento, nomeadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)",


O grupo sublinha que no ano passado  se verificou um aumento muito significativo dos custos de produção, "penalizados essencialmente pelo aumento de custo da madeira por via do aumento expressivo de preço à porta da fábrica na madeira nacional, pela taxa de câmbio e por via do mix de abastecimento, e também pelo aumento do custo das fibras, da energia e dos químicos". Registou ainda um agravamento dos custos de logística e uma grande escassez de meios de transporte de mercadorias, face ao ano anterior. 

Os custos fixos totais acabaram por situar-se 17% acima dos custos fixos de 2021, valor essencialmente explicado pela rúbrica de custos com pessoal, pelo reforço da atribuição de prémios aos colaboradores, mas também pela rúbrica de custos de manutenção, impactada pelo aumento generalizado dos custos dos materiais e serviços num contexto de pressões inflacionistas, e pelo aumento de custos de funcionamento, nomeadamente o aumento de custos com projetos tendentes ao apoio e diversificação da atividade do grupo, o aumento dos custos de outsourcing  em resultado sobretudo dos aumentos salariais e o inerente ao aumento de atividade pós-pandemia.

Como salienta, "a conjuntura internacional favorável de balanço entre oferta e procura que potenciou a evolução de preços e os esforços de aumento de produtividade e eficiência compensaram o forte aumento do custo dos fatores de produção".

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