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Lucros da Altri sobem 10% para 21,6 milhões até março

As receitas totais da produtora de pasta de papel mantiveram-se, no primeiro trimestre, em linha com as de há um ano, afirmando a Altri que o aumento dos volumes vendidos quase compensou a comparação ainda desfavorável em termos de preços.

23 de Maio de 2024 às 17:02
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A Altri registou um resultado líquido de 21,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que significa um aumento de 10% face aos 19,6 milhões apresentados no mesmo período de 2023.

Em comunicado à CMVM, a produtora de pasta de papel adianta que as receitas totais atingiram os 222,7 milhões de euros até março, em linha (menos 0,9%) com o registado no período homólogo, "com o aumento dos volumes vendidos a compensar a comparação ainda desfavorável em termos de preços", diz.

Já face ao trimestre anterior o grupo nota que registou um crescimento das receitas totais de 18,9%.

O EBITDA atingiu os 50 milhões de euros, também em linha com o mesmo período de 2023 (50,2 milhões), registando uma melhoria na margem EBITDA para 22,5%.

No comunicado, a Altri avança que a produção de fibras celulósicas aumentou 15% face ao primeiro trimestre do ano passado, para as 275,4 mil toneladas, com as vendas a ascenderem a 298,5 mil toneladas. Cerca de 90% das vendas de fibras celulósicas tiveram como destino os mercados internacionais.

"A melhoria da procura, que assistimos desde o verão de 2023, deverá continuar durante a primeira metade de 2024, suportando a tendência de subida de preços dos últimos meses", diz ainda o grupo.

Na mensagem que acompanha o documento de prestação de contas, o CEO da Altri, José Soares de Pina, salienta que "após aquela que foi uma das mudanças de ciclo mais repentinas em mais de duas décadas, o mercado das fibras celulósicas regista neste arranque de ano uma recuperação expressiva, sustentada, essencialmente, pelos mercados asiáticos e europeu".

"A dinâmica positiva que verificamos no mercado, tanto em termos de procura, como de preços, permite-nos olhar com maior confiança para este segundo trimestre, antecipando um reforço da rentabilidade", afirma ainda o responsável.

Após um decréscimo de custos em 2023, o grupo diz ainda que antecipa alguma estabilização dos custos variáveis em 2024.

A Altri refere ainda que continua a desenvolver vários projetos de diversificação nas várias unidades produtivas, dos quais destacamos o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável, na Caima, com previsão de conclusão em final de 2025.


Já sobre o projeto Gama, na Galiza, refere que "encontra-se em tramitação da licença ambiental integrada, condição essencial para a tomada de decisão final de investimento".

Este projeto decorre de um Memorando de Entendimento assinado com a Impulsa, um consórcio público-privado da Comunidade Autónoma da Galiza, para estudar em exclusivo a construção de uma unidade industrial de raiz, para a produção de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis.


Até março o investimento líquido realizado pelo grupo atingiu os 11,8 milhões de euros, o que compara com os 18,4 milhões no período homólogo.

A dívida líquida recuou para 339,9 milhões de euros no final de março, o que compara com os 356,7 milhões registados no final de 2023.

Em termos de perspetivas para o final do ano, o grupo aponta a tendência de melhoria da procura no mercado de pasta, que "deverá continuar durante a primeira metade de 2024".

A Altri faz contudo notar que "temos assistidos a vários fatores que têm influenciado negativamente as cadeias de valor e a expetativa do acesso a produto, nomeadamente greves em portos abastecedores importantes, incêndios, inundações e anúncios de encerramento de capacidade".

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