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Japão entra na rota de exportação da joalharia portuguesa

Três marcas portuguesas estão a participar na maior feira japonesa do sector. A indústria nacional, concentrada em Gondomar, tem um plano para duplicar as exportações para 150 milhões de euros em quatro anos.

Fátima Santos e Ana Freitas, secretária-geral e presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, respectivamente. Paulo Duarte
25 de Janeiro de 2018 às 14:32
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A Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) está a participar pela primeira vez na "International Jewellery Tokyo", o maior evento de joalharia do Japão, com uma comitiva de três empresas interessadas em explorar um mercado com "grande potencial de crescimento" para as jóias nacionais.

 

Até sábado, 27 de Janeiro, os 31 mil visitantes profissionais esperados na feira vão poder visitar mais de 1.300 expositores de 30 países. Nesse grupo estão duas empresas de Gondomar – a Galeiras, vocacionada exclusivamente para armazenistas e grossistas, e a Goris, criada nos anos 1980 e que tem afirmado a sua marca própria; e ainda as jóias feitas à mão por Inês Barbosa, da quinta geração de uma família de ourives da Póvoa de Lanhoso.

 

Voltado até ao início da crise quase exclusivamente para o mercado interno, o sector tem vindo nos últimos anos a apostar nas exportações, que em 2016 atingiram 71 milhões de euros num volume de negócios total de 700 milhões de euros. O plano da associação presidida por Ana Freitas, que recentemente lançou a primeira campanha internacional de promoção da ourivesaria portuguesa, e que tem como rosto a modelo e actriz Milla Jovovich, passa por duplicar o volume exportado para 150 milhões de euros nos próximos quatro anos.

 

Foi nos últimos seis anos que a indústria nacional, que concentra 60% da produção no concelho de Gondomar, acordou de uma longa letargia no plano externo – já que até 1970 o sector era tradicionalmente exportador. "As empresas começaram a olhar para fora de portas, a ver o que estava a acontecer, atentas ao design, a novos processos de vendas, à criação de marca e imagem", resumiu Ana Freitas numa entrevista ao Negócios publicada em Novembro de 2017.

 

Em comunicado à imprensa, a secretária-geral da AORP, Fátima Santos, sustenta agora que "o mercado asiático é muito apetecível para as jóias portuguesas", apontando a dimensão e crescente poder de compra como argumentos, a par da valorização da "qualidade e singularidade" da joalharia portuguesa. Depois da "aposta consistente com resultados comprovados" em Hong Kong, que não detalhou, chegou a hora de conquistar o Japão.

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