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Inapa com prejuízos de 400 mil euros em 2015
A Inapa perdeu 400 mil euros no ano passado, uma inversão face aos lucros de 2,1 milhões registados em 2014. A empresa de distribuição de papel justifica esta evolução com “a pressão nas margens” resultante da quebra da procura de papel.
A empresa de distribuição de papel Inapa registou prejuízos de 400 mil euros no ano passado, face a lucros de 2,1 milhões de euros apurados no exercício anterior. A deterioração dos resultados reflectiu a quebra de 3,1% nas vendas, que recuaram para 881,3 milhões de euros. Uma diminuição que o corte de custos – de 3,1% para 133,4 milhões – não compensou.
"O consumo de papel, nomeadamente nos principais mercados onde a Inapa opera, continua a mostrar sinais de estagnação ou mesmo, nalguns casos, de regressão. Este facto, associado ao facto de um dos produtores de papel ter entrado em concorrência directa com os distribuidores no negócio com grandes clientes, provocou uma elevada pressão sobre as margens", justificou o presidente executivo da Inapa, Diogo Rezende, no documento de prestação de contas publicado esta sexta-feira, 18 de Março, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
A margem bruta da empresa caiu 4%, para 159,3 milhões. Já o EBITDA (resultados antes de custos financeiros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 5,3%, para 23,5 milhões.
Para contrariar a contracção do negócio, a Inapa apostou nos ganhos de eficiência. "Houve uma redução da estrutura, encerraram-se armazéns, reduziram-se os custos de distribuição por tonelada, continuou-se o alargamento do sistema de gestão (ISI) às diversas geografias do Grupo e reduziram-se os incumprimentos de clientes. Em termos agregados, estes efeitos representaram uma redução de custos superior a cinco milhões de euros relativamente ao ano anterior", justificou o mesmo responsável.
Também os custos financeiros recuaram – 3,6%, para 15,3 milhões de euros. Este desempenho não terá sido alheio ao facto de a Inapa ter conseguido "uma redução de cerca de 12 milhões de euros de dívida bruta e o alargamento da maturidade da mesma, sendo que no fim de 2015 a dívida de médio e longo prazo representava 64% do total (um aumento de seis pontos percentuais face ao ano anterior)", explicou Diogo Rezende.