Notícia
Hovione aposta na tecnologia que está na base das vacinas covid
A farmacêutica Hovione atrasou o investimento de 200 milhões de euros na fábrica do Seixal, que só deve arrancar a produção em 2023, mas anuncia a expansão para outras áreas de negócio.
Negócios
02 de Julho de 2021 às 11:21
A construção da fábrica do Seixal da Hovione ainda não começou. Guy Villax, administrador-delegado da farmacêutica nacional, admite o atraso deste investimento avaliado em 200 milhões de euros.
Em entrevista ao Expresso, publicada esta sexta-feira, 2 de julho, o gestor aponta agora para o início das obras no final deste ano ou em janeiro de 2022, com o objetivo de arrancar a produção em 2023.
A unidade vai permitir à empresa expandir várias áreas de negócio e reforçar as exportações. Mas também investir em áreas menos desenvolvidas internamente. É o caso da produção de componentes para medicamentos de RNA Mensageiro, a tecnologia que está na base de algumas vacinas contra a covid-19, como a da Pfizer e Moderna.
No entanto, Guy Villax explica ao semanário que o objetivo não é preparar elementos para vacinas, mas sim em outras aplicações. "Temos de descobrir um segmento do mercado que ainda não esteja ocupado, apesar de isso ser novo e difícil", detalha.
A Hovione tem, aliás, uma parceria com o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica) para esta tecnologia. Esta é uma área nova a explorar, mas a empresa diz que continuará a reforçar as outras, como a da engenharia de partículas, que representa metade do seu negócio.
Nos últimos cinco anos, a Hovione investiu em Portugal 250 milhões de euros na capacidade de produção e destinou 140 milhões para investigação e desenvolvimento. Criou 600 postos de trabalho e no Seixal espera ter, na fase inicial, 200 pessoas.
Deixa, porém, o aviso sobre a morosidade dos processos em Portugal e a necessidade de criar uma região para Setúbal poder aceder a fundos europeus. Caso haja medidas claras de apoio ao investimento, diz "teria argumentos para convencer o [seu] conselho de administração a manter em Portugal a mesma trajetória de crescimento". Até 2026 vai ter de decidir investir em Portugal ou nos Estados Unidos.
Em entrevista ao Expresso, publicada esta sexta-feira, 2 de julho, o gestor aponta agora para o início das obras no final deste ano ou em janeiro de 2022, com o objetivo de arrancar a produção em 2023.
No entanto, Guy Villax explica ao semanário que o objetivo não é preparar elementos para vacinas, mas sim em outras aplicações. "Temos de descobrir um segmento do mercado que ainda não esteja ocupado, apesar de isso ser novo e difícil", detalha.
A Hovione tem, aliás, uma parceria com o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica) para esta tecnologia. Esta é uma área nova a explorar, mas a empresa diz que continuará a reforçar as outras, como a da engenharia de partículas, que representa metade do seu negócio.
Nos últimos cinco anos, a Hovione investiu em Portugal 250 milhões de euros na capacidade de produção e destinou 140 milhões para investigação e desenvolvimento. Criou 600 postos de trabalho e no Seixal espera ter, na fase inicial, 200 pessoas.
Deixa, porém, o aviso sobre a morosidade dos processos em Portugal e a necessidade de criar uma região para Setúbal poder aceder a fundos europeus. Caso haja medidas claras de apoio ao investimento, diz "teria argumentos para convencer o [seu] conselho de administração a manter em Portugal a mesma trajetória de crescimento". Até 2026 vai ter de decidir investir em Portugal ou nos Estados Unidos.