Notícia
Empresas de biotecnologia tentam acompanhar subidas das gigantes na bolsa
As empresas ligadas ao setor da biotecnologia com um valor de mercado mais pequeno estão a ficar para trás na atenção dos investidores, numa altura em que algumas companhias de maiores dimensões ganham folêgo apoiadas nas vacinas e nos tratamentos para a covid-19.
23 de Agosto de 2021 às 13:29
Com os holofotes a incidir nas empresas que estão a desenvolver vacinas e tratamentos ligados à covid-19, outras companhias do setor da biotecnologia, com capitalizações mais modestas, estão a ver as ações ficar para trás no desempenho em bolsa ao longo deste ano.
Segundo a agência Bloomberg, as empresas que estão a ter um papel relevante nas campanhas de vacinação - como é o caso da Pfizer, da BioNTech ou da Moderna - já viram os ganhos atingir a marca dos três dígitos este ano. A Pfizer, que desenvolveu a vacina "Cominarty" em parceria com a alemã BioNTech, viu os títulos disparar na semana passada, com as notícias de que a Casa Branca pretende mesmo avançar para as vacinas de reforço no país, administrando uma terceira dose.
Em contraste, as empresas do setor com um valor de mercado mais baixo estão a ficar para trás este ano. Ainda assim, os analistas antecipam que esse cenário pode mudar. "É uma questão de quando é que recuperam", conta Jason Butler, analista da JMP Securities à Bloomberg, e "não se vão recuperar".
Afinal, a tendência não é nova: os ganhos no setor têm sido historicamente liderados pelas empresas de maior dimensão, com as mais pequenas do grupo a acompanhar. Segundo os analistas, existe a possibilidade de as empresas com menor capitalização ganharem destaque, através de resultados positivos em ensaios clínicos ou mesmo perante clarificações vindas por parte do regulador do setor.
Este ano, o índice Nasdaq Biotech já subiu 8,7%, impulsionado maioritariamente pela Moderna, uma das companhias que desenvolveu uma vacina contra a covid-19. Depois desta vacina, a empresa já pensa em utilizar a base de RNA mensageiro a outras terapêuticas, nomeadamente na luta contra a gripe ou o HIV, por exemplo.
Já o SPDR S&P Biotech ETF, que tem em conta a presença de empresas de biotecnologia no índice S&P já derrapou 13% este ano, nota a agência Bloomberg.
Os analistas estimam que esta atenção dada às grandes companhias responsáveis pelas vacinas contra a covid possa acalmar. Jason Butler alerta que o sucesso das grandes empresas costuma ser um sinal de que as empresas mais pequenas poderão seguir as mesmas passadas. E, nesse sentido, aprovações de produtos ou resultados positivos em ensaios são como que a "varinha mágica" para alterar o desempenho das ações.
Exemplo disso é o caso da Cassava Sciences, que chegou a subir 1.500% este ano, após os resultados positivos num ensaio para um medicamento contra a Alzheimer. O analista Jason Butler está ainda otimista em relação a outra empresa do setor: a Syros Pharmaceuticals. Conforme contou à Bloomberg, esta empresa tem na agenda a divulgação de dados sobre um possível tratamento para o cancro. Outras apostas incluem também a Karuna Therapeutics, que está a investigar um medicamento para combater a esquizofrenia.
Segundo a agência Bloomberg, as empresas que estão a ter um papel relevante nas campanhas de vacinação - como é o caso da Pfizer, da BioNTech ou da Moderna - já viram os ganhos atingir a marca dos três dígitos este ano. A Pfizer, que desenvolveu a vacina "Cominarty" em parceria com a alemã BioNTech, viu os títulos disparar na semana passada, com as notícias de que a Casa Branca pretende mesmo avançar para as vacinas de reforço no país, administrando uma terceira dose.
Afinal, a tendência não é nova: os ganhos no setor têm sido historicamente liderados pelas empresas de maior dimensão, com as mais pequenas do grupo a acompanhar. Segundo os analistas, existe a possibilidade de as empresas com menor capitalização ganharem destaque, através de resultados positivos em ensaios clínicos ou mesmo perante clarificações vindas por parte do regulador do setor.
Este ano, o índice Nasdaq Biotech já subiu 8,7%, impulsionado maioritariamente pela Moderna, uma das companhias que desenvolveu uma vacina contra a covid-19. Depois desta vacina, a empresa já pensa em utilizar a base de RNA mensageiro a outras terapêuticas, nomeadamente na luta contra a gripe ou o HIV, por exemplo.
Já o SPDR S&P Biotech ETF, que tem em conta a presença de empresas de biotecnologia no índice S&P já derrapou 13% este ano, nota a agência Bloomberg.
Os analistas estimam que esta atenção dada às grandes companhias responsáveis pelas vacinas contra a covid possa acalmar. Jason Butler alerta que o sucesso das grandes empresas costuma ser um sinal de que as empresas mais pequenas poderão seguir as mesmas passadas. E, nesse sentido, aprovações de produtos ou resultados positivos em ensaios são como que a "varinha mágica" para alterar o desempenho das ações.
Exemplo disso é o caso da Cassava Sciences, que chegou a subir 1.500% este ano, após os resultados positivos num ensaio para um medicamento contra a Alzheimer. O analista Jason Butler está ainda otimista em relação a outra empresa do setor: a Syros Pharmaceuticals. Conforme contou à Bloomberg, esta empresa tem na agenda a divulgação de dados sobre um possível tratamento para o cancro. Outras apostas incluem também a Karuna Therapeutics, que está a investigar um medicamento para combater a esquizofrenia.