As exportações da indústria alimentar e das bebidas aumentaram 10,64% nos primeiros cinco meses do ano, atingindo 3,34 mil milhões de euros.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), compilados pela Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) mostram que as vendas com destino à União Europeia (UE) deram um "pulo" de 14,81% em termos homólogos totalizando 2,24 mil milhões de euros.

Já as exportações extracomunitárias - que tinham decrescido no primeiro trimestre do ano face a igual período do ano passado - "começaram a revelar alguma pujança", assinala a FIPA, num comunicado enviado, esta sexta-feira, às redações, em que dá nota de uma subida de 3,05% para 1,1 mil milhões nos primeiros cinco meses.

Em comparação a igual período de 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu nos primeiros cinco meses, situando-se agora em 7,27%.

"Os dados do INE revelam que a indústria alimentar e das bebidas está, uma vez mais, a responder às expetativas, mesmo quando tem de enfrentar situações complexas ao longo de toda a cadeia. Os próximos tempos continuarão a ser marcados por uma elevada imprevisibilidade e muitos desafios à vida das empresas, mas acredito que o espírito de cooperação e união em prol da competitividade e da sustentabilidade da indústria portuguesa agroalimentar irão marcar cada vez mais o futuro da economia nacional", refere o presidente da FIPA, Jorge Henriques, citado na mesma nota.

A FIPA realça que a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22,4 mil milhões) como em valor acrescentado bruto (3,8 mil milhões) e a que mais emprego gera, sendo responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos.