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Empresa de Albergaria lança pilaretes contra terroristas
A Larus está a negociar com várias cidades europeias a venda de um novo "dissuasor de segurança" para as praças e zonas pedonais, que promete reduzir o impacto dos atentados terroristas por atropelamento.
Um inovador dissuasor de segurança removível, com capacidade para absorver o impacto de uma viatura em movimento e imobilizá-la. É assim que a Larus apresenta o "Strong", uma solução que desenvolveu ao longo dos últimos meses e que está agora a negociar com várias cidades europeias para "reduzir o impacto dos atentados terroristas por atropelamento".
Ao Negócios, fonte oficial da empresa de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, referiu que a concepção destes novos pilaretes surgiu "a pedido de várias cidades" de grande e média dimensão, a quem já fornece outras peças de mobiliário urbano. A preocupação dos autarcas em proteger as principais praças e zonas pedonais, impedindo eficazmente a circulação de viaturas, surgiu na sequência de várias acções de terrorismo deste género, sobretudo na Europa.
"Para além da robustez, este equipamento distingue-se pela fácil instalação, na medida em que a sua reduzida profundidade de 35 milímetros não interfere nas condutas subterrâneas de gás, água ou de electricidade, e pela integração natural no espaço público, sendo removível e eliminando, assim, os condicionalismos das soluções retrácteis de controlo à distância", resume a Larus ("gaivota", em latim), um negócio fundado em 1988 por Pedro Martins Pereira, que em 2016 assegurou 25% das vendas de 2,3 milhões de euros em cerca de uma dezena de mercados internacionais.
Lisboa (Parque das Nações, Ribeira das Naus), Porto (Serralves, Avenida dos Aliados), Madrid (junto à Praça de Cibeles), Casablanca (Medina de Casablanca) Santiago de Compostela (Cidade da Cultura), Luanda (Baía de Luanda e Ilha do Cabo), Génova, Antuérpia, Londres, Dubai e Macau. Estas são algumas das localizações urbanas que já foram "mobiladas" com produtos fabricados na unidade industrial de Albergaria-a-Velha. Ali emprega perto de 40 trabalhadores, que produzem também as peças da mítica Alba, marca falida no final dos anos 1990 e a que o bisneto do fundador deu uma segunda vida.