Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Donos da Oreo retocam namoro envergonhado com o mercado russo

A Mondelez é alvo de um boicote corporativo nos países nórdicos no ano passado após uma agência ucraniana nomear a empresa como "patrocinadora internacional da guerra.

18 de Fevereiro de 2024 às 14:23
  • 1
  • ...

A Mondelez, fabricante das bolachas Oreo, após meses de boicotes e pressão por parte de acionistas e ativistas para sair da Rússia, respondeu a estas exigências nomeando uma nova gestão para liderar o seu negócio naquele país onde também suspendeu a publicidade.

Segundo um memorando interno a que a Reuters teve acesso, o presidente para a Europa, Vince Gruber, informou os funcionários que iria nomear um novo diretor-geral para liderar o negócio na Rússia, que descreveu como uma "organização independente". Contudo, o novo diretor-geral da Rússia reporta a outro executivo que por sua vez está na dependência direta de Gruber.

Esta solução não deve acalmar os críticos da Mondelez. A empresa tem três fábricas na Rússia e continuou a vender os seus produtos, incluindo chocolate Milka, apesar da pressão dos investidores e dos boicotes que pediam a sua saída, sublinha a Reuters. "Na lei usamos a expressão 'uma distinção sem uma diferença'. Esta é uma tentativa de contornar que não tem muito significado", diz Nell Minow, especialista em governança corporativa e vice-presidente da ValueEdge Advisors.

Em resposta às perguntas da Reuters, a Mondelez disse  que "a partir do final de 2023, foi criado um negócio local para operar de forma mais independente".

"Os produtos vendidos na Rússia são agora produzidos e distribuídos localmente, sem importações de produtos acabados da Europa para a Rússia ou exportações da Rússia para a Europa", adianta a empresa com sede em Chicago, Estados Unidos.

A McDonald’s, a Starbucks e outras marcas globais abandonaram a Rússia, na sequência da invasão da Ucrânia, mas os rivais da Mondelez, incluindo o fabricante da Maggi, a Nestlé, continuam a operar no país.

Logo após o ataque da Rússia à Ucrânia, a  Mondelez disse que estava a reduzir o seu negócio na Rússia e a focar-se em "ofertas básicas", mas que ainda enfrentava pressão interna dos funcionários para sair.

Entretanto, um boicote corporativo à Mondelez estalou nos países nórdicos no ano passado após uma agência ucraniana nomear a empresa como "patrocinadora internacional da guerra".

A Mondelez prometeu em junho passado que faria as suas operações na Rússia "independentes, com uma cadeia de abastecimento autossuficiente antes do final do ano", mas não forneceu detalhes adicionais.

Ver comentários
Saber mais Oreo Mondelez Rússia alimentação. Ucrânia Nestlé. Mondelez
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio