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Corticeira Amorim fatura menos mas aumenta lucros para 67 milhões até setembro

Apesar de ter faturado menos 27 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, contra vendas de 790 milhões no mesmo período do ano passado, o maior grupo de transformação de cortiça do mundo obteve mais lucros e vai distribuir um dividendo extra de nove cêntimos.

António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim. João Manuel Ribeiro
Rui Neves ruineves@negocios.pt 02 de Novembro de 2023 às 16:42

A Corticeira Amorim fechou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido de 67 milhões de euros, mais 2,8 milhões do que em igual período do ano passado, pelo que, cumprindo uma velha tradição, o conselho de administração vai propor à assembleia geral a distribuição de um dividendo extraordinário de nove cêntimos por ação, anuncia o grupo, esta quinta-feira, 2 de novembro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Um aumento dos lucros num período em que as vendas da Corticeira Amorim até decresceram para 763,2 milhões de euros, menos 27,1 milhões – o que traduz uma quebra homóloga de 3,4% - do que nos primeiros nove meses do ano passado.

"A redução dos níveis de atividade, em particular na Unidade de Negócios (UN) Revestimentos, foi a principal causa" para o decréscimo homólogo de 3,4% das vendas, "ainda que as melhorias do ‘mix’ de produto e a subida de preços tenham compensado parcialmente esse efeito", explica a Corticeira Amorim.

 

As receitas registadas no segmento de rolhas cresceram 1,7% nos primeiros nove meses deste ano, para 594 milhões de euros, sendo que "a evolução cambial teve um impacto desfavorável" nas vendas consolidadas, "particularmente" nesta unidade de negócio, que vale 78% da faturação do grupo feirense.

 

"Excluindo este efeito, as vendas consolidadas teriam caído 2,4% e as vendas da UN Rolhas subido 2,9%, nos primeiros nove meses de 2023", realça o grupo liderado por António Rios Amorim.

Dívida remunerada líquida passou de 129 para 204 milhões de euros

 

O EBITDA (resultado antes de impostos, juro, amortizações e depreciações) consolidado da corticeira Amorim atingiu 139,8 milhões de euros, mais 6,6% face aos primeiros nove meses de 2022, e a margem EBITDA subiu de 16,6% para 18,3%.

 

"Os resultados operacionais beneficiaram essencialmente de um ‘mix’ de produto mais favorável e das poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de energia e transportes, apesar do aumento do preço de consumo da cortiça", explica o grupo controlado pelas descendentes de Américo Amorim e a família Rios Amorim.

No final de setembro, a dívida remunerada líquida da Corticeira Amorim cifrava-se em 204,5 milhões de euros, o que traduz um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 129 milhões de euros que registava no final do ano passado.

 

"Este valor reflete um acréscimo das necessidades de fundo de maneio (95,8 milhões de euros), o pagamento de dividendos (26,6 milhões de euros) e o aumento do investimento em ativo fixo (65 milhões de euros)", detalha o maior grupo de transformação de cortiça do mundo.

Vendas cresceram em todos os segmentos de rolhas

 

Relativamente ao negócio que vale quase 80% da faturação da Corticeira Amorim, merece ainda destacar o crescimento das vendas registado em todos os segmentos de rolhas, assim como nos mercados vinícolas mais relevantes.

 

O EBITDA desta unidade de negócio subiu para 121,8 milhões de euros nos primeiros noves meses deste ano, mais 19,3% face ao mesmo período do ano passado, e a margem EBITDA de 17,5% para 20,5%, "beneficiando do ‘mix’ de produtos mais favorável, de menores custos de energia e transportes, bem como do maior rendimento de trituração".

 

Já as vendas e o EBITDA das UN Matérias-Primas e Rolhas totalizaram 603,6 milhões de euros (mais1,7%) e 130,7 milhões (mais 11,1%), respetivamente, e a margem EBITDA subiu de 19,8% para 21,7%.

Na unidade de isolamentos, as vendas cresceram 19% neste período, mas baixaram nos negócios de revestimentos (menos 33,4%, para 70,6 milhões de euros) e nos aglomerados compósitos (menos 7,8%, para 86,8 milhões de euros).

 
(Notícia atualizada às 16:48)

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