Notícia
Cerveja "rende" 226 milhões de euros de impostos em 2013
Sector cervejeiro pagou mais 3,6 milhões de IVA e IEC no ano passado. Cada imperial ou fino de 25 cl gera 12 cêntimos de impostos no País
O sector cervejeiro nacional – que agrupa empresas como a Sociedade Central de Cervejas, a Unicer ou as insulares ECM e Melo Abreu – pagou o ano passado 158,65 milhões de euros de Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) em 2013. O valor representa mais 1,91 milhões de euros, ou 1,2%, face a 2012.
Já em termos de Imposto Especial de Consumo (IEC), o valor pago pelo sector cervejeiro português foi de 67,5 milhões de euros, mais 2,6% ou 1,7 milhões de euros, do que em 2012.
No total, de forma directa, o sector suportou uma carga de 226,1 milhões de euros de IVA e IEC no ano passado, mais 1,6%, ou 3,64 milhões de euros, do que em 2012.
“Por cada imperial” ou fino de 0,25 centilitros tirados em território nacional, o Estado português recebe 12 cêntimos de impostos, avançou esta quinta-feira, dia 4 de Abril, João Abecasis, presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV).
Produção recua 8,3%
Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, em Lisboa, João Abecasis, igualmente CEO da Unicer, fez o balanço do sector em 2013. A indústria cervejeira, que conta hoje com seis fábricas em Portugal Continental e Ilhas, é dominado hoje pelos grupos Unicer, SCC - Sociedade Central de Cervejas, Font Salem Portugal, ECM – Empresa de Cervejas da Madeira e Fábrica de Cervejas e Refrigerantes João Melo Abreu (Açores).
Mas entre 2008 e 2013, sublinhou hoje João Abecasis, surgiram 20 microcervejeiras em Portugal, o que reflecte a convivência do “pequeno empresariado” com a “grande indústria” no sector. Recorde-se que a SCC é detida em 100% pela holandesa Heineken, a Unicer é controlada em 44% pela dinamarquesa Carlsberg e que a Font Salem pertence ao grupo espanhol Damm.
No final de 2013, todo o sector cervejeiro com fábricas em Portugal produziu 7.323 mil hectolitros de cerveja, o que representa uma quebra de 8,3% face a 2012.
As vendas tiveram uma evolução contrária dentro e foras de portas: caiu 22%, para 2,9 milhões de hectolitros nos mercados externos e aumentou 0,2%, para 4,9 milhões de hectolitros no mercado nacional.