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Bial assina investimento de 37,4 milhões com o Estado

A Bial assina esta segunda-feira um contrato de investimento com o Estado no valor de 37,4 milhões de euros, que se destina ao desenvolvimento de novos medicamentos. A cerimónia será presidida pelo primeiro-ministro.

Amândia Queirós/Cofina
23 de Janeiro de 2017 às 07:07
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O primeiro-ministro António Costa, acompanhado pelos seus ministros da Economia e da Saúde, vai presidir esta segunda-feira, 23 de Janeiro, na Trofa, à cerimónia de assinatura de mais um contrato de investimento da Bial com o Estado, no âmbito do sistema de incentivos comunitários do Portugal 2020.

 

Em causa está um investimento no valor de 37,4 milhões de euros, a realizar até Dezembro de 2018, que se destina a incrementar a investigação e desenvolvimento da empresa nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular, segundo a informação prestada pela Bial ao Negócios.

 

A maior farmacêutica portuguesa, que detém os únicos dois medicamentos desenvolvidos em Portugal, já sintetizou mais de 12 mil moléculas nos últimos anos, sendo possuidora de mais 1.300 patentes.

 

Dos vários projectos que a Bial tem em investigação, o mais avançado tem que ver com uma molécula para a área cardiovascular, que está já em fase de ensaios clínicos.

 

O primeiro medicamento da empresa, o antiepiléptico Zebinix, lançado no mercado mundial em 2009, e que representou um investimento da ordem dos milhões de euros, está hoje aprovado em 43 países e é já comercializado em diversos países europeus e nos Estados Unidos.

 

Já o segundo medicamento desenvolvido pela Bial, após um investimento de mais 300 milhões de euros, visa o tratamento da doença de Parkinson. Sob o nome comercial de Orgentys, este fármaco encontra-se já à venda no Reino Unido e na Alemanha, sendo previsível que seja introduzido nos restantes países durante este ano.

 

Mercados externos representam dois terços das vendas

 

A empresa presidida por Luís Portela, que tem o filho António na cadeira de CEO, vende medicamentos em mais de 50 países em quatro continentes, contando com cerca de mil trabalhadores, dos quais 77% tem formação superior e 7% são doutorados.

 

Só no centro de I&D da Trofa, onde o grupo está sediado, mais de uma centena de investigadores de nove nacionalidades investigam novas soluções nas áreas das neurociências e cardiovascular.

 

Os mercados externos representam actualmente quase dois terços da facturação da empresa, que chegou aos 215 milhões de euros em 2015, dos quais 50 milhões foram gerados pelas vendas do Zebinix.

 

A Bial obteve resultados positivos em 2015 e em 2014, após dois anos de prejuízos (2012 e 2013) e ter registado "break-even" em 2013.

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