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Atividade da indústria portuguesa voltou a cair em setembro
O volume de negócios na indústria voltou a diminuir em setembro, com uma descida das vendas tanto para o mercado nacional como para o mercado externo.
O volume de negócios na indústria portuguesa desceu, em setembro, pelo segundo mês consecutivo, refletindo a descida das vendas tanto para o mercado nacional como para o estrangeiro.
Segundo os dados revelados esta segunda-feira, 11 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística, o índice que mede o volume de negócios na indústria desceu 2,1%, em setembro, face ao mesmo mês do ano passado, um decréscimo mais ligeiro do que o registado em agosto (-5,8%).
Esta quebra justifica-se, em grande medida, com a diminuição registada na área da energia (-12,8%), já que se não fosse este agrupamento, o índice geral teria até subido 1,4% em setembro.
"O agrupamento de Energia deu o contributo negativo mais influente para a redução do índice total, -3,1 pontos percentuais, em resultado da variação de -12,8% (-16,4% em agosto)", sublinha o INE.
Já o índice de bens intermédios diminuiu 1,7%, depois da quebra de 6,2% em agosto, enquanto o agrupamento de bens de investimento cresceu,5%. As vendas de bens de consumo passaram de uma diminuição de 2,2% em agosto para um aumento de 1,2% em setembro.
Na comparação em cadeia – ou seja, face ao mês anterior – o volume de negócios recuperou de uma descida de 23,7% em agosto, passando para um crescimento de 18,3% em setembro.
No que respeita ao destino dos bens produzidos pela indústria nacional, observaram-se quebras nas vendas tanto para o mercado interno como para o estrangeiro, ainda que mais ligeiras do que as observadas em agosto. Segundo o INE, as vendas para o mercado nacional caíram 1,9% (-4,5% em agosto) enquanto as vendas para o mercado externo diminuíram 2,3%, muito baixo do decréscimo de 8% em agosto.
Mesmo com sinais de abrandamento na atividade da indústria, o emprego, remunerações e horas trabalhadas no setor voltaram a aumentar no mês em análise. O emprego cresceu 0,9%, as remunerações 3,6% e as horas trabalhadas 0,4%.