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Accionista minoritário antecipa-se à Inapa e propõe que CEO acumule funções de "chairman"

A assembleia-geral de accionistas da Inapa, a 4 de Maio, vai decidir o que fazer ao lugar deixado vago pela saída do presidente. A administração e os grandes accionistas não avançaram nomes, mas a Nova Expressão já tem uma solução.

19 de Abril de 2018 às 20:33
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A Inapa marcou para o próximo dia 4 de Maio a assembleia-geral em que pretende eleger um novo presidente da administração, depois da saída do "chairman". A administração da distribuidora de papel ainda não avançou com um nome. Mas o accionista minoritário, a Nova Expressão, já se chegou à frente e a proposta é que não haja nenhuma nomeação.

 

"Propomos que não seja feita a eleição de nenhum novo administrador em substituição do presidente do conselho de administração cujo mandato cessou por incapacidade superveniente, devendo o conselho manter-se na composição actual", avança a Nova Expressão, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

Álvaro Pinto Correia era o "chairman" da Inapa (e da Caixa Económica Montepio Geral) até Março, mas deixou o cargo por "incapacidade superveniente". A administração conta agora com sete elementos, sendo um deles Diogo Rezende (na foto), que assegura a presidência da comissão executiva.

 

A Nova Expressão, que é dona de 4,21% dos direitos de voto da Inapa e que tem contestado várias das posições da gestão ao longo dos últimos anos, propõe que o "actual presidente da comissão executiva, Dr. Diogo Rezende, passe a acumular a função de presidente do conselho de administração até à definição do novo modelo de governança e eleição dos novos órgãos sociais".

 

A administração da Inapa, quando marcou a assembleia-geral para 4 de Maio, propôs a eleição de um administrador, em substituição de Álvaro Correia, e, num outro ponto, sugeria a eleição do novo presidente da administração. Contudo, não avançou com propostas de nome para administrador nem de quem, na administração, devia assumir a presidência. A Nova Expressão, fundada e presidida por Pedro Baltazar (ex-candidato à presidência do Sporting) fez agora a sua proposta para que não entre ninguém na administração e que Diogo Rezende acumule funções.

 

Em termos accionistas, o peso da Nova Expressão é reduzido. O BCP, directamente e através do fundo de pensões, controla 30,6% dos direitos de voto, acima dos 24,9% imputáveis à Caixa Geral de Depósitos (directamente, pelo CaixaBI e pela Parcaixa). A também Parpública é dona de 8,22% dos votos, ao passo que o Novo Banco tem um poder equivalente a 6,11%.

 

Com negócios em dez países, incluindo Portugal, França e Alemanha, a Inapa obteve lucros de 200 mil euros no ano passado, 95% abaixo dos 4,4% em 2016.

 

Em bolsa, a Inapa vale 18 milhões de euros, tendo por base as acções ordinárias, que encerraram esta quinta-feira inalteradas nos 12 cêntimos. Uma parte do capital é representado por acções preferenciais. A capitalização bolsista conjunta é 54 milhões de euros.

(Notícia actualizada às 12:40 com informação sobre acções preferenciais)

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