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S&P: Preços das casas vão desacelerar mas Portugal continua a liderar subidas na Europa

A Standard & Poor's prevê que os preços das casas em Portugal cresçam 6,2% este ano, desacelerando face à subida de 9,3% em 2019. Ainda assim, o mercado nacional apresenta o maior incremento nos preços entre os 10 países da Europa ocidental analisados. E assim deverá manter-se até 2022...

Alexandre Azevedo
08 de Março de 2020 às 11:00
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A Standard & Poor's prevê que os preços das casas em Portugal cresçam 6,2% este ano, desacelerando face à subida de 9,3% em 2019. Este abrandamento, estimam os analistas da agência de notação financeira, deverá prosseguir no próximo ano, com os preços a avançarem 5,3%, e em 2022, ano em que as casas deverão ficar 4,3% mais caras.

De acordo com o relatório intitulado "Europe's Housing Market Inflation Is Losing Pace", o mercado imobiliário nacional deverá ser aquele onde os preços crescerão a maior ritmo este ano e nos próximos de entre os 10 países da Europa ocidental analisados. Aliás, já desde 2018 que Portugal apresenta a maior subida nos preços das casas, tendo nesse ano ultrapassado a Irlanda.

As subidas nos preços nominais das casas são significativamente acima da inflação registada, que em Portugal se situou nos 0,3% no ano passado, o que torna a habitação no país ainda menos acessível.



A S&P estima que os preços abrandem em sete dos países analisados, sendo as exceções a Itália, Irlanda e Reino Unido. No caso italiano, os autores do estudo referem que após vários anos de estagnação ou mesmo contração dos preços, o final de 2019 apresentou já "algum dinamismo". Assim, as estimativas apontam para uma subida de 0,5% este ano, contra 0,1% em 2019, e uma aceleração nos anos seguintes, embora "moderada", com variações de 0,9% em 2021 e 1,5% em 2022.

A Irlanda, que em 2016 e 2017 apresentava as maiores subidas nos preços - 8,7% e 11,9% -, desacelerou em 2018, ano em que as casas ficaram 7,2% mais caras e travou no ano passado, com um crescimento nos preços de apenas 1%. Após estarem dissipadas as incertezas com o Brexit e com as eleições legislativas britânicas de dezembro do ano passado, a S&P prevê um crescimento de 2,5% este ano e de 3% em 2021 e 2022. Também no Reino Unido estes fatores travaram a subida dos preços - que vinham a abrandar desde 2016 - e agora deverá assistir-se a uma recuperação. O estudo estima crescimentos de 2,5% este ano, de 2% em 2021 e de 3,5% em 2022.
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