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S&P estima quebra nos preços das casas em Portugal este ano

Os preços das casas em Portugal deverão recuar ligeiramente este ano, sendo um dos três países europeus onde a habitação ficará mais barata, estima a Standard & Poor’s.  

Vai haver empréstimos sem juros do Estado para ajudar inquilinos e senhorios.
Sérgio Lemos
21 de Outubro de 2020 às 17:26
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Os preços das casas em Portugal deverão sofrer uma quebra de 0,6% este ano, indica um relatório da Standar & Poor’s divulgado terça-feira. A agência de notação financeira prevê que apenas três países europeus registem uma descida nos preços da habitação.

A Irlanda, com um recuo de 1,6%, será o país onde as casas ficarão mais acessíveis em 2020, enquanto em Espanha a descida nos preços deverá fixar-se em 1,4%.


Quanto ao resto dos países europeus, a S&P antecipa que as casas fiquem mais caras este ano, com as maiores subidas homólogas a registarem-se na Holanda (6,1%), Alemanha (4,6%) e Suécia (3%).


De acordo com Marion Amiot, economista sénior da S&P Global, "o aumento da procura de casas, a necessidade de mais espaço e os baixos custos de financiamento contribuíram para uma recuperação rápida do mercado imobiliário na segunda metade do ano".


"Ao passarem mais tempo em casa e em teletrabalho, os agregados familiares reavaliaram a sua necessidade de mais espaço. Para aqueles que têm essa possibilidade, isso levou a que antecipassem a decisão de se mudar para uma casa com maior área", acrescenta.


Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em setembro, contudo, apontam para um aumento homólogo de 7,8% nos preços das casas no segundo trimestre deste ano, isto depois de uma subida de 10,3% observada nos primeiros três meses do ano.


Preços em Portugal voltam a subir a partir de 2021
A descida de 0,6% nos preços do mercado português antecipada para este ano será sol de pouca dura.


A S&P estima que no próximo ano os preços avancem 1,2%.


E a escalada no preço das casas deverá prosseguir. Para 2022 os preços deverão crescer 5% e em 2023 a subida deverá ser de 4,5%. Em ambos os anos, as previsões da agência de notação financeira coloca Portugal como o país onde os preços mais crescem.

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