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Resultados de Portugal 2009

A consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W) anunciou os resultados referentes à sua actividade a nível nacional no ano de 2009.

11 de Janeiro de 2010 às 20:00
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A consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W) anunciou os resultados referentes à sua actividade a nível nacional no ano de 2009.

Segundo Eric van Leuven, Managing Partner da consultora em Portugal, “em termos gerais, o ano de 2009 foi o ano mais difícil para o mundo imobiliário dos tempos modernos, em que se verificou uma grande retracção por parte dos utilizadores do imobiliário, nomeadamente na ocupação de escritórios (o volume de espaços transaccionados em 2009 foi cerca de metade do de 2008) e de lojas, tendo o mercado industrial curiosamente conhecido algum aumento de actividade. Em relação ao mercado de investimento, o ano de 2009 foi um ano com um "despertar tardio". No primeiro semestre o nível de transacções foi muito diminuto, e só no Verão se começou a sentir um aumento do número de investidores com liquidez e vontade de investir. Isto é aplicável tanto aos fundos de investimento imobiliário portugueses como estrangeiros”.

A equipa de investimento esteve envolvida em transacções com um valor conjunto superior a 600 milhões de euros, mas apenas se concluíram cerca de 65 milhões em 2009. “Esperamos que no primeiro semestre de 2010 se assista ao fecho de várias transacções iniciadas em 2009, mas que pelas mais diversas razões, transitaram para este ano” acrescenta Eric van Leuven.

Eric van Leuven comenta , “A rentabilidade da operação da Cushman & Wakefield foi positiva e semelhante à do ano passado. A origem da receita é que se alterou, na medida em que os departamentos de prestação de serviços (avaliação, gestão de imóveis, gestão de projectos e research & consultoria - menos vulneráveis à crise do que os departamentos de transacções), são já responsáveis por mais de metade da nossa facturação. Sobretudo em avaliações e gestão de imóveis a Cushman & Wakefield ganhou claramente quota de mercado. Por outro lado, como já referido, o nosso departamento de escritórios teve um dos seus melhores anos de sempre (muito graças à colocação na íntegra da Torre Oriente e algumas outras operações de relevo), e a equipa industrial obteve também resultados muito positivos”.

A equipa de escritórios teve um dos melhores anos de sempre, tendo sido arrendados cerca de 34.000 m2 de novos escritórios, de entre os quais o arrendamento da totalidade da Torre Oriente, no Centro Colombo. Actualmente, a equipa de escritórios da C&W tem a seu cargo a comercialização de 94 000 m2 de novos espaços na Grande Lisboa, dos quais se destacam a Torre Ocidente (Colombo), o Edifício Adamastor (Parque das Nações), o Edifício Skandia (Av. da Liberdade) e o Edifício Miraflores Premium 5 (em Miraflores). Na área de representação de inquilinos, foi escolhida pela Gilead Sciences para a procura das suas novas instalações, e pela Readers Digest, Cofidis e McCann para a renegociação dos seus actuais escritórios, processos concluídos durante 2009, estando actualmente a representar a Philips.

No que diz respeito ao retalho, a C&W colocou cerca de 30 .000 m2 de espaços comerciais, tendo levado a cabo o reposicionamento do Península Boutique Center (antiga Galeria Península) no Porto, em representação do BPI, e a comercialização do LeiriaShopping, em co-exclusividade com a Sonae Sierra. Paralelamente, realizou vários arrendamentos de lojas de rua , entre os quais se destacam, o Real Indiana Fusion na Rua de Santa Marta, a Miss Sixty na Rua Nova do Almada, assim como a primeira loja da Smartbox em Portugal. Actualmente, tem em carteira quase 100.000m2 em comercialização, tendo recebido novos mandatos para o mais recente projecto da Imocom, o Edifício Mythos no Parque das Nações, e da Compagnie Foncière des Alizés (Seia Retail Park). Também na área de representação de retalhistas, o Grupo Israelita Re4ma que representa em Portugal as marcas Dead Sea Premiére e Magnólia Silver, foi o último a juntar-se à já vasta carteira de retalhistas representados em Portugal pela C&W.

A equipa de industrial e terrenos teve um bom ano, tendo sido arrendados cerca de 35.000m2 de armazéns, sobretudo para a actividade logística, de entre os quais se destacam as operações de arrendamento de 15.000m2 no Logispark no Montijo e 14.000m2 nos armazéns da Imopólis em Leiria. A mesma equipa concluiu também a venda do terreno industrial da BP em Sta. Iria da Azóia (138.000m2) e deu início à comercialização das instalações industriais da Coats & Clark no centro de Gaia, processo esse que espera concluir em 2010. Actualmente, o departamento industrial e terrenos tem também a seu cargo os processos de venda dos terrenos da Petrogal na Moita (100.000m2), e Sacavém (172.000m2), e irá dar início, já em Fevereiro, à venda de um grande terreno para promoção com mais de 700.000m2 em Bucelas.

No que respeita a avaliações, a equipa avaliou 42 milhões de metros de quadrados de imóveis, cujo valor global totaliza 35 mil milhões de Euros, para empresas como a Sonae Sierra, Sonae Capital, Chamartín, JP Morgan, Rockspring, ING, CGI, Martifer, bem como Fundos de Investimento como a Imopólis, Eurohypo, BPI Gestão de Activos, Interfundos, Fundbox e Norfin, entre outros.

Para o departamento de Gestão de Imóveis, o ano de 2009 foi de expansão, contando actualmente com 46 activos sob gestão, no valor de cerca de 900 milhões de euros. No ano passado, a equipa angariou cinco novas instruções incluindo o edifício Mar Vermelho (Commerz Real) e o Central Office (Pramerica), entre outras. Dos principais clientes do departamento fazem ainda parte a Credit Suisse, Standard Life, RREEF e DEKA.

A equipa de gestão de projectos passou por um ano de consolidação em 2009, tendo continuado a sua colaboração com a Footlocker nos trabalhos de fit out de lojas, e com a Squarestone na construção do projecto residencial Destilaria Residences em Vila Nova de Gaia. Um dos aspectos mais positivos do ano de 2009 foi a conclusão e inauguração do Sea Life Centre no Porto, que rapidamente se transformou numa das atracções mais visitadas daquela cidade. “Tratou-se de uma obra com um plano de trabalhos muito ambicioso que ficou concluído na data prevista”, comenta Eric van Leuven. Na área de escritórios, esta equipa foi responsável pela gestão de projecto dos novos escritórios do Barclays na Torre Oriente (Colombo) onde a empresa ocupará cerca de 9.500 m2.

O departamento de Research & Consulting da consultora teve um ano bastante activo, tendo produzido vários documentos de referência para o mercado imobiliário português, como é o caso das já habituais edições de Primavera e Outono do Marketbeat, do estudo sobre o mercado de investimento imobiliário em Portugal – “Valor em tempos de crise” - e do estudo sobre o retalho de luxo em Portugal. Na área de consultoria importa salientar a cada vez maior diversificação do tipo de estudos realizados, dos quais são exemplo os serviços de reporting regular para investidores nacionais e estrangeiros, ou o estudo sobre o mercado de retalho em Portugal para um país norte-africano. Mantiveram-se os habituais estudos de viabilidade para centros comerciais, em que se destacam clientes como a Bouygues Imobiliária, The Edge Group e FDO Imobiliária, entre outros.

No que diz respeito a perspectivas para 2010, Eric van Leuven comenta: “No terceiro trimestre de 2009 parecia que os sinais da retoma se começavam a consolidar mas os recentes “casos” Dubai, Grécia e o problema geral da consolidação das contas públicas da maioria dos países europeus, reduziram a esperança de uma recuperação sustentada. Acresce no caso de Portugal uma situação política frágil e uma taxa de desemprego que não pára de aumentar, afectando a confiança de empresas e consumidores. Tudo isto reflecte-se de forma negativa na actividade imobiliária. Por outro lado, podemos encontrar alguma consolação no facto de não haver um grande excesso de oferta na maioria dos sectores do imobiliário para terciário, e que os valores se têm mantido relativamente estáveis ao longo dos últimos anos, pelo que, não tendo havido um boom de preços insustentáveis, não está a haver uma queda de grandes proporções, quando comparado por exemplo com Espanha ou Reino Unido.”

“Em relação à nossa actividade propriamente dita, tenho que afirmar que 2010 será mais um ano desafiante para o mercado imobiliário – mas convém lembrar que, mais do que nunca, é nestas alturas que empresas altamente profissionalizadas como a Cushman & Wakefield têm oportunidade de ganhar quota de mercado”, conclui Eric van Leuven.

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