No primeiro semestre apenas um em cada dez licenciamentos em Lisboa e Oeiras foram para construção de novos fogos, sendo que ao mesmo tempo se verifica "um baixíssimo nível de licenciamento", alertou na conferência do Salão Imobiliário de Portugal António Gil Machado, director da Imométrica, empresa especializada em estatística do imobiliário.


Segundo os dados compilados pela Imométrica e pela publicação Confidencial Imobiliário, nos primeiros seis meses de 2009 foram licenciados 1.791 fogos em Lisboa e Oeiras, dos quais somente 192 são habitação nova. António Gil Machado referiu no SIL que se o valor for anualizado, corresponde a 26% dos licenciamentos do ano passado e a cerca de um terço do registo de 2007.


Na promoção imobiliária de edifícios no primeiro semestre em Lisboa e Oeiras, apontou o mesmo responsável, assinala-se apenas uma dezena de prédios de apartamentos, num sinal de que a construção nova está efectivamente a ceder espaço à reabilitação.


Na cidade do Porto, disse António Gil Machado, foram licenciados 309 fogos no primeiro semestre, em 94 edifícios, sendo que numa base anualizada isso corresponderia a apenas 16% dos licenciamentos feitos há dois anos.


"Tivemos um primeiro semestre feito de arrendamento e reabilitação", comentou o responsável da Imométrica.