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Queda do mercado italiano pressiona empreendimento de luxo em Milão

Quase dois terços dos agentes imobiliários consultados pelo banco central italiano dizem que a situação do mercado residencial está a piorar este ano, depois de no último trimestre do ano passado os preços da habitação terem caído, segundo 57,6% dos inquiridos. É neste contexto negativo que o empresário italiano Luigi Zunino está a ter dificuldades para concretizar o seu projecto de luxo em Milão, avaliado em dois mil milhões de euros, segundo reporta a Bloomberg.

23 de Março de 2009 às 20:03
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Quase dois terços dos agentes imobiliários consultados pelo banco central italiano dizem que a situação do mercado residencial está a piorar este ano, depois de no último trimestre do ano passado os preços da habitação terem caído, segundo 57,6% dos inquiridos. É neste contexto negativo que o empresário italiano Luigi Zunino está a ter dificuldades para concretizar o seu projecto de luxo em Milão, avaliado em dois mil milhões de euros, segundo reporta a Bloomberg.

O empreendimento Santa Giulia, a 20 minutos da baixa de Milão, prometia no seu lançamento apartamentos de luxo projectados pelo arquitecto Norman Foster, bem como lojas Dolce & Gabbana e grandes espaços verdes. Mas três anos após o início da construção predominam os terrenos abandonados. Os preços do imobiliário em Itália estão a viver a primeira queda em 11 anos.

Com 1,2 milhões de metros quadrados, o projecto Santa Giulia foi comprado por Luigi Zunino em 2000 por 500 milhões de euros, com a promessa de um investimento adicional de 1,4 mil milhões de euros até 2011. Só que até agora, diz a agência Bloomberg, apenas foram construídos dois edifícios de escritórios. Os 600 apartamentos de luxo foram adiados.

A deterioração do mercado residencial italiano levou inclusivamente o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi a anunciar na semana passada um plano que facilitará aos proprietários a remodelação das suas casas, algo visto pelo governador do Banco de Itália, Mário Draghi, como “um estímulo”.

Mas não foi apenas em Itália que a semana que passou trouxe sinais de desvalorização no segmento residencial. Em Las Vegas o preço médio da habitação caiu para 150 mil dólares (110 mil euros) no mês passado, o valor mais baixo desde 2001. Este valor corresponde a uma descida de 5,7% face ao mês anterior e de 40% em termos homólogos.

Melhor momento atravessam a Arabtec Holding, no Dubai, ou a Immoeast AG, na Áustria. A Arabtec Holding, o maior construtor do Dubai, anunciou que o seu projecto na marina do Dubai (num valor equivalente a 128 milhões de euros), que inclui duas torres residenciais, está adiantado face ao calendário previsto. Já a Immoeast, a maior imobiliária austríaca, conseguiu na sexta-feira passada a sua maior valorização em bolsa dos últimos três meses. A Immoeast chegou a subir 24%, depois do anúncio do interesse das empresas Apollo Management e Vienna Capital Partners.

A semana que passou ficou ainda marcada pela conclusão da oferta de direitos sobre acções da British Land, com uma adesão de 97% dos accionistas. Também no Reino Unido, o Regus Group, líder nos serviços de escritórios virtuais, anunciou uma subida de 11% do seu lucro de 2008. Mas não sem dificuldades. “Nos últimos dois meses de 2008 a pressão crescente que vimos nas nossas receitas traduziu-se num abrandamento dos indicadores de ocupação e de preços que continuou em 2009”, comentou o presidente executivo do Regus Group, Mark Dixon.

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