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Preços das casas aumentaram em mais de metade dos municípios mais populosos

No final do terceiro trimestre, o preço por metro quadrado dos alojamentos familiares aumentou 10% face ao mesmo período do ano passado. Apesar de ter caído em Lisboa, a capital continua a ter os preços mais elevados, seguindo-se o Algarve, Madeira, Setúbal e Porto.

Sérgio Lemos
06 de Fevereiro de 2024 às 11:18
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Os preços das casas aumentaram em mais de metade dos municípios mais populosos. No terceiro trimestre, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.641 euros por m2, o que traduz uma subida homóloga de 10%, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo INE. No entanto, comparando com o trimestre anterior, de abril a junho, o acréscimo foi de  0,7%. 

A subida foi registada em 13 dos 24 municípios analisados com mais de 100 mil habitantes, com Barcelos e Guimarães a registarem as maiores subidas: 9,1 e 8,9 pontos percentuais (p.p.). 

Em sentido oposto, houve uma desaceleração em 11 dos municípios. As regiões Beira Baixa (-8,2%), Douro (-4,4%), Alto Alentejo (-2,4%) e Baixo Alentejo (-0,3%) registaram as maiores diminuições homólogas dos preços da habitação no período em análise. "Tal como em trimestres anteriores, o Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (480 €/m2)", destaca o gabinete de estatística


Já o Porto registou um acréscimo de 5,8 pontos percentuais e Lisboa um decréscimo de 5,6 p.p. Apesar desta queda, os municípios de Lisboa (4 167 €/m
2) apresentaram os preços da habitação mais elevados, seguindo-se Cascais (4 045 €/m2), Oeiras (3 216 €/m2) e Porto (3 104 €/m2).

O INE destaca ainda que "as cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)". Aliás, em Lisboa e no Porto o preço mediano das transações feitas por  estrangeiros superou os valores dos negócios concluídos por compradores com domicílio fiscal em território nacional. No caso de Lisboa o aumento foi de 83,4% e no Porto de 56,8%.


De julho a setembro, o valor mediano das casas e apartamentos comprados por estrangeiros foi 2.279 €/m2, um aumento de 4,5% face trimestre homólogo. Nos caso das transações concluídas por famílias potuguesas este valor foi 1 602 €/m2, uma subida de 9,4%.

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