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Preço das casas no centro histórico de Lisboa disparou mais de 60% em dez anos
Numa década, os preços das casas vendidas no Centro Histórico de Lisboa cresceram 67%. Só no segundo semestre do ano passado, o aumento foi de 6% por metro quadrado.
No centro histórico da cidade de Lisboa, os preços das casas comercializadas dispararam nos últimos anos. Os dados da Confidencial Imobiliário indicam que os preços das habitações vendidas nesta área da capital cresceram 67% em termos acumulados desde 2008, primeiro ano do índice.
"Contudo, no período de três anos compreendido entre o primeiro semestre de 2010 e o primeiro semestre de 2013, o preço das casas nesta área desceu 24,2%, atingindo no final desse período o seu ponto mais baixo. Desde esse mínimo, os preços já recuperaram 110%", refere o comunicado enviado às redacções.
Isto significa que no início da crise – Portugal pediu o programa de assistência económica e financeira no primeiro semestre de 2011 – os preços das casas no centro histórico caíram. A recuperação dos preços aconteceu cerca de três anos depois. Nos últimos anos, o centro histórico da capital tem assistido à recuperação de vários edifícios - alguns dos quais são disponibilizados para arrendamentos de curta duração a turistas.
Olhando apenas para o segundo semestre do ano passado, o preço das habitações no centro histórico de Lisboa aumentou 5,9% face ao semestre anterior, "atingindo um novo máximo de 4.472 euros por metro quadrado, de acordo com o Índice de Preços do Centro Histórico de Lisboa (IPCHL)" da Confidencial Imobiliário.
"Este índice abrange as freguesias da Misericórdia, Santa Maria Maior e São Vicente, aglomerando o principal eixo de reabilitação urbana em Lisboa e tendo por base os dados dos direitos de preferência de que a autarquia goza no quadro da ARU [área de reabilitação urbana] respectiva", pode ler-se ainda no documento.
Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, diz em comunicado que "o ciclo de valorização do preço das casas nesta área acelerou bastante nos últimos anos. Depois de os preços terem atingido o seu ponto mais baixo no 1º semestre de 2013, o mercado teve um crescimento rápido nos preços, tendo chegado a atingir valorizações homólogas de 31% no primeiro semestre de 2016".
"Este ritmo acentuado de subida, tendo em conta o patamar de preços entretanto atingido, tenderá naturalmente a suavizar, embora mantendo um percurso de valorização, tal como aconteceu já neste último semestre", remata o responsável.