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Número de edifícios licenciados em Portugal cresce pela primeira vez numa década
Pelo menos desde 2006 que não se tinha registado um ano de crescimento nos licenciamentos de novos prédios em Portugal. Já o número de edifícios concluídos continua a cair, mas atenuou-se a tendência de recuo.
O número de edifícios licenciados em Portugal aumentou no ano passado pela primeira vez em termos anuais desde, pelo menos, 2006, apesar de o nível de construções previstas representar agora cerca de um terço do que se verificava naquele ano.
Os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), conhecidos esta quinta-feira, 16 de Março, apontam para que tenham sido licenciados 16,6 mil edifícios no país em 2016, um aumento de 11,6% em relação ao ano anterior. Entre 2014 e 2015, o número de prédios com licença de construção tinha caído 4,2%.
Já no que diz respeito ao número de edifícios concluídos, a tendência continua a ser de queda, ainda assim atenuada em relação aos anos anteriores. Em 2016, o número de prédios prontos caiu 6,6% para os 10,3 mil, tendo sido o primeiro ano desde o início da crise económica e financeira, em 2008, com uma variação negativa inferior a 10%.
Entre 2005 – ano em que foram licenciados 59 mil edifícios – e 2016, em que foram autorizados 16,6 mil, reduziu-se em dois terços o número de prédios com construção validada. Já o número de edifícios concluídos recuou 76,9% entre 2007 (44,3 mil edifícios prontos) e 2016 (10,3 mil terminados).
No último trimestre do ano o número de edifícios licenciados aumentou 16,2% em relação ao mesmo trimestre de 2015, enquanto o número de imóveis concluídos aumentou 1,6%, tratando-se do primeiro trimestre positivo desde o terceiro trimestre de 2005.
Em termos homólogos só as regiões da Madeira e dos Açores registaram quedas em relação ao último trimestre de 2015 no que diz respeito ao número de edifícios licenciados, tendo a maior variação percentual ocorrido na Área Metropolitana de Lisboa, que cresceu 39,7%. Esta foi também a região que mais cresceu no que respeita a imóveis concluídos (mais 35,2%), contrastando com quedas no Norte (-2,1%) e no Centro (-5,4%).
(Notícia actualizada às 12:14 com mais informação)