Há precisamente quatro anos, em janeiro de 2016, quando confrontado pelo Negócios com a entrada em falência da sua empresa, a Chave d’Ouro, José Eduardo Macedo confessava ao Negócios que estava a enfrentar um problema de saúde, alegando que a sua situação física e anímica "afetou o negócio".

José Eduardo Macedo morreu. As exéquias fúnebres realizam-se esta sexta-feira, 24 de janeiro, pelas 15h30, na Igreja da Lapa. O corpo será cremado.

Antes da chegada das grandes multinacionais a Portugal, a Chave d’Ouro era uma das maiores mediadoras imobiliárias do país, com lojas próprias em todos os concelhos do Grande Porto. Sediada na cidade Invicta, atingiu o auge mediático a 9 de julho de 2005, quando celebrou o seu 15.º aniversário com uma festa que teve cerca de 500 convidados, no Palácio do Freixo.

A falência da Chave d’Ouro, que fechou a sua última loja no final de 2015, foi "uma pena, logo agora que o mercado até está a entrar num novo ciclo [de expansão]", reagiu, na altura, Luís Lima, o sucessor de Macedo na presidência da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Macedo esteve à frente da APEMIP entre 2005 e 2008, tendo empossado Lima como seu sucessor na liderança da associação a 15 de janeiro de 2009.

Fez ainda parte dos órgãos sociais da direção comandada por Lima, mas em 2013 surgiu nas listas de uma candidatura concorrente, que foi derrotada pela que era encabeçada pelo ainda hoje presidente da APEMIP. Foram umas eleições polémicas, que até envolveram a polícia e levaram à criação de uma nova associação do setor imobiliário (a ASMIP).

Esta quinta-feira, numa nota de pesar pelo falecimento de José Eduardo Macedo, a direção da associação "agradece o trabalho que fez em prol da instituição, do associativismo e do setor da mediação imobiliária", realçando que Macedo "foi um dos responsáveis pela fusão entre a APEMI e a AMIN, que resultou na constituição da APEMIP, em 2004.