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Maioria dos investidores imobiliários planeia lançar projetos até ao fim do ano
O mercado imobiliário deverá continuar dinâmico, apesar de os investidores já estarem a detetar uma tendência de estagnação dos preços.
75% dos promotores e investidores imobiliários pretendem lançar novos projetos nos próximos três meses, de acordo com os primeiros resultados do Portuguese Investment Property Survey, hoje apresentados durante o SIL-Salão Imobiliário de Portugal.
O inquérito revela que a expectativa de investir até ao final do ano é transversal a todas as regiões cobertas pelo estudo, mas que é especialmente evidente nas cidades de Lisboa e Porto. A fatia de inquiridos que declarou estar ativamente à procura de terrenos para o desenvolvimento de novos projetos é ainda mais alta, de 87%, apontando para um reforço futuro da atividade de promoção.
Apesar destas intenções, os inquiridos revelam alguma cautela quanto ao comportamento das vendas e dos preços, antecipando um abrandamento nas transações e uma estabilização dos preços no quarto trimestre de 2019. No terceiro trimestre, os inquiridos apontaram já uma evolução contida nas vendas, embora se tenham mantido mais otimistas relativamente ao comportamento dos preços.
O diretor da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, sublinha a "consciência de que não são já oportunidades com janelas de valorização como antes". "Parece existir uma noção de que há condições para dar continuidade a uma trajetória de investimento, mas com um reconhecimento dos limites do mercado e com uma identificação clara dos obstáculos", acrescenta. Entre os obstáculos, identifica "o tempo de licenciamento das câmaras municipais" e defende como essencial "conhecer bem os segmentos-alvo dos produtos".
Este estudo foi realizado pela Confidencial Imobiliário e pela junto de um painel de promotores e investidores imobiliários, em associação com a APPII – Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários.
O vice-presidente executivo da APPII, Hugo Santos Ferreira, defende que "era uma absoluta necessidade do mercado, existirem dados sobre o investimento e promoção imobiliária que estão em curso no país, especialmente numa altura em que a dinâmica nestes setores é tão forte".