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Investimento imobiliário dispara 56% e atinge 1,9 mil milhões no semestre

O mercado imobiliário não pára de crescer em Portugal. No primeiro semestre movimentou quase dois milhões, de acordo com a Cushman& Wakefield. E até ao final de 2018 estima-se que o investimento quase duplique.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Agosto de 2018 às 15:52
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Os primeiros seis meses de 2018 foram recheados de transacções no mercado imobiliário: foram 30 as operações que ditaram um volume de investimento institucional de 1,9 mil milhões de euros, um salto de 56% face ao mesmo período de 2017, assinala a Cushman no balanço do semestre.

O sector residencial tem tido o crescimento mais significativo, mas os sectores do imobiliário comercial registam também uma evolução muito positiva.

Os sectores de escritório e de retalho andavam de mãos de dadas no ano passado, mas em 2018 quebrou-se este equilíbrio e o retalho tornou-se o líder, apoiado no imobiliário comercial, que captou 65% do capital.

Não é portanto surpreendente que o maior negócio do ano se tenha concretizado no sector de retalho: a compra pela Immochan - actualmente Ceetrus Portugal - do portfolio de retalho da Blackstone, composto pelo Forum Sintra, Forum Montijo e Sintra Retail Park, por um valor de 411 milhões de euros. No sector dos escritórios, a transação de maior volume foi a venda do Lagoas Park da Teixeira Duarte à Kildare Partners, por um valor de 375 milhões de euros.

Já no passado mês de Julho, o Negócios avançou que este seria um ano recorde no sector do imobiliário comercial. Na altura, a Cushman & Wakefield avançou uma estimativa um pouco acima dos 1,25 mil milhões de euros para o investimento neste segmento, mais conservadora que a da concorrente CBRE, que aponta para os 1,4 mil milhões no conjunto do ano. Ambas concordam que deverão estar concluídas 15 transacções deste tipo até ao final de 2018.

Ainda dentro do retalho, destaque para a restauração, que se manteve "o sector mais activo, tendo sido responsável por 60% das novas aberturas", lê-se na nota enviada pela Cushman à imprensa.

Apesar de ter perdido em termos de volume de investimento, a procura de espaços de escritórios aumentou 31% face ao ano anterior. A ocupação integral por parte da Teleperformance de um edifício com 8.000 m² na Avenida Infante Dom Henrique, no Parque das Nações, foi o maior negócio.

Outra tendência bem vincada no balanço da Cushman é a predominância do capital estrangeiro, que representa 98% do total de investimentos. Mais de um terço das compras tem origem em França, seguida de perto por Espanha e finalmente Reino Unido.

"O actual estado do mercado, bem como o bom comportamento da economia, apontam para uma manutenção desta evolução positiva do sector imobiliário", conclui a Cushman & Wakefield. A imobiliária aponta para um volume de investimento de 3 a 3,5 mil milhões neste mercado até ao final do ano.

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