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Combitur investe 12 milhões na conversão de uma antiga gigante têxtil num “retail park”

O grupo tirsense inaugura esta sexta-feira um projeto iniciado em 2011, com as primeiras demolições da Sedas de Vizela, uma emblemática têxtil que fechou e despediu 250 pessoas em 1998, tendo inicialmente dado lugar a um Modelo Continente, acrescendo agora meia dúzia de lojas.

13 de Junho de 2024 às 18:16
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Nasceu a 7 de fevereiro de 1897 em Moreira de Cónegos, mas cedo fez de Vizela a sua terra. Começou a trabalhar aos 10 anos com o pai, como aprendiz de debuxador na Fábrica a Vapor do Castanheiro, em Guimarães, tendo passado pela Fábrica Delfim Ferreira, em Gaia, e pela Fábrica de Sedas Nogueira, no Porto.

 

Pai de dois meninos e quatro meninas, das quais duas faleceram em tenra idade, Joaquim de Sousa Oliveira tinha 30 anos quando, em 1927, rumou à então Checoslováquia em busca de conhecimento sobre a indústria têxtil.

 

Regressado a Portugal com o estatuto de "primeiro português a trabalhar em sede artificial", em 1933, viria a tornar-se sócio e gerente da fabricante de tecidos Têxtil das Azenhas Novas, onde perdeu um braço num acidente de trabalho.

 

Desejoso de pedalar a sua própria bicicleta empresarial, lançou mão de um projeto industrial ambicioso – a Têxtil de Sedas Vizela, instalada próximo do rio Vizela, que viria, a partir de 1937, a empregar famílias inteiras nas décadas seguintes, tornando-se numa das maiores e mais emblemáticas indústrias do setor.

 

Depois da sua morte, em 30 de março de 1969, a Têxtil de Sedas Vizela sobreviveu mais 30 anos.

 

A falência da empresa foi decretada em 11 de março de 1999, atirando para o desemprego cerca de 250 pessoas.

 

Demolições em 2011, Continente em 2013, Retail Park Vizela em 2024

 

Após uma dúzia de anos ao abandono, as carcaças industriais da Têxtil de Sedas Vizela foram demolidas em 2011 pela construtora tirsense Combitur, que começou em 2013 a construir nesses terrenos um projeto imobiliário, cuja conclusão, sob o nome "Retail Park Vizela", é inaugurada esta sexta-feira, 14 de junho.

 

"O projeto foi desenvolvido em duas fases: a primeiro iniciou-se em 2013 com a construção do espaço para um Modelo Continente, com um investimento de cerca de seis milhões de euros; a segunda fase termina em 2024 com a construção de mais seis espaços, num investimento de cerca de 5,5 milhões de euros", revela fonte oficial da Combitur ao Negócios.

 

Além do hipermercado do grupo Sonae, na data de abertura do Retail Park Vizela "já se encontram instaladas" as lojas das marcas Pepco, Tedi, Action, JYSK e KIK, estando o último espaço "em fase final de negociação".

 

A primeira fase do empreendimento foi implantada num terreno com 14 mil metros quadrados, correspondendo a uma área de arrendamento de 4.500 metros quadrados, enquanto a segunda ocupou 10 mil metros quadrados com uma área de arrendamento de 5.700 metros quadrados, tendo sido criados "70 novos postos de trabalho".

 

Situado a 700 metros do centro da cidade, o Retail Park Vizela é propriedade da Vizesedas Imobiliária - empresa do grupo Combitur -, que tem "outro projeto imobiliário na mesma zona da cidade de Vizela, com cerca de cinco mil metros quadrados de área a edificar, onde pode alocar diversas insígnias".

 

Fundada no ano da Revolução dos Cravos, a Combitur é desde há 35 anos liderada por José Manuel Arantes, fazendo ainda parte da sua estrutura acionista Lídia Magalhães, José João Magalhães, Filipa Magalhães e José António Magalhães.

 

Com 123 trabalhadores, distribuídos pelas suas quatro empresas, o grupo tirsense está vocacionado para a construção de edifícios industriais, logísticos e de retalho alimentar, tendo nos últimos 15 anos triplicado a sua faturação para mais de 20 milhões de euros.

 

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