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Cerca de 25% dos proprietários de imóveis com rendas em atraso no 1.º semestre

Entre os que têm rendas em atraso, um terço do incumprimento atinge até três meses de renda em atraso, mas uma parcela significativa de 28% dos inquiridos tem mais de meio ano de rendas por receber.

São comuns os casos de divórcio em que um dos cônjuges fica a viver na habitação da família.
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29 de Agosto de 2022 às 12:00
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Cerca de 25% dos proprietários de imóveis tinham rendas em atraso, no primeiro semestre, dos quais 28% correspondem a incumprimentos de mais de seis meses, segundo um barómetro da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), divulgado esta segunda-feira.

"O incumprimento contratual mantém-se como um flagelo do mercado nacional de arrendamento nos primeiros seis meses de 2022: um em cada quatro inquiridos na 5.ª edição do Barómetro da ALP (24,4%) tem rendas em atraso", concluiu o estudo da ALP.

Entre os que têm rendas em atraso, um terço do incumprimento atinge até três meses de renda em atraso, mas uma parcela significativa de 28% dos inquiridos tem mais de meio ano de rendas por receber.

Ainda assim, apontou a associação, mais de metade dos senhorios com arrendatários incumpridores (54,4%) admitiram que não vão avançar para os tribunais ou instruir despejos.

Já quanto aos seguros de renda, que diminuem o risco do incumprimento no arrendamento, quase 30% dos proprietários inquiridos considerou os prémios muito dispendiosos e uma fatia de quase 10% não confia nas seguradoras, enquanto, por outro lado, um quinto dos respondentes disse estar aberto a equacionar essa possibilidade.

Relativamente ao Governo de maioria absoluta do Partido Socialista (PS), mais de 90% dos proprietários de imóveis disse não ter confiança no executivo, e quase metade dos respondentes (47,5%) admitiu acreditar "que pode haver a tentação de adoção de medidas populistas este ano".

Neste sentido, mais de um quarto dos proprietários auscultados (26,4%) consideraram que a Iniciativa Liberal (IL) irá liderar a oposição ao Governo, recolhendo mais respostas que o PSD como principal partido da oposição, embora um terço dos respondentes (32,4%) tenha considerado que "nenhum partido conseguirá fazer frente à maioria absoluta do PS".

A 5.ª edição do Barómetro ALP reuniu respostas de 259 proprietários, sendo que cerca de metade (50,8%) dos respondentes detém, no máximo cinco, imóveis e quase metade (46,2%) tem mais de 65 anos.

Metade dos inquiridos (48,8%) auferem até três salários mínimos brutos pelo seu património no mercado de arrendamento e quase 70% dos proprietários auferem até cinco salários mínimos brutos.

Para 39,5% dos respondentes, os rendimentos prediais são mais de metade do seu rendimento disponível, enquanto para 17,8% representam todo o rendimento de que dispõem.

Mais de metade (55%) dos proprietários auscultados são donos de imóveis na Grande Lisboa, mas o Barómetro ALP assume uma dimensão nacional, com respostas de todo o continente e também das ilhas.
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