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Casas vendidas na Century 21 estão 11% mais caras

O ritmo de venda de imóveis em Portugal está a aumentar nesta agência imobiliária. Os estrangeiros pesam 20% e, perante a subida de preços em Lisboa e Porto, começam a estar disponíveis para instalar-se numa distância até 200 quilómetros dos aeroportos.

Bruno Simão/Negócios
27 de Julho de 2018 às 08:00
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O valor médio dos imóveis vendidos pela Century 21 fixou-se nos 135,4 mil euros entre Janeiro e Junho deste ano. O valor representa uma subida de 11% face aos 121,6 mil euros do período homólogo.


A subida do preço é justificada pela procura crescente nos mercados periféricos, sobretudo nos segmentos médio e médio baixo, onde a maioria das famílias deseja imóveis entre os 75 mil e os 200 mil euros. Nas tipologias, T2 e T3 predominam.

O maior número de operações de venda acompanha a tendência crescente do preço na Century 21: até Junho, foram fechadas 5.688 transacções, mais 844 do que no primeiro semestre de 2017.


O que segue em sentido inverso são os negócios de arrendamento, a cair 3%. De Janeiro a Junho, a empresa fechou 1.009 contratos, mantendo uma tendência que se estende desde 2014. A nível nacional, também o preço do arrendamento está em queda, para os 653 euros.

Lisboa contraria o cenário nacional: arrendar no distrito custa, em média, 883 euros. Na cidade em si, é ultrapassada a fasquia dos mil euros: 1.040 euros, segundo os dados da Century 21 para este primeiro semestre.

"A oferta actual do mercado de arrendamento não é suficiente, nem adequada, para dar resposta às necessidades e capacidades económicas dos portugueses", explica Ricardo Sousa. Segundo o CEO da Century 21 Portugal, perante o cenário de dificuldade em encontrar casas para arrendamento a preços acessíveis, muitos jovens estão a antecipar decisão de compra de casa, apoiados no crédito à habitação.

Portugal continua também a afirmar-se no interesse dos compradores estrangeiros, que representaram 20% das transacções da Century 21 até Junho em Portugal. Ao todo, foram 1.138 transacções, protagonizadas sobretudo por franceses, brasileiros, britânicos e belgas.

A preferência dos compradores internacionais vai para imóveis até 300 mil euros, de tipologia T2, junto à praia ou nos centros históricos de Lisboa e Porto. Nos centros de Lisboa, Porto e Cascais, o valor sobe até aos 500 mil euros.

"Em virtude do aumento de preços nestas zonas, estamos a registar cada vez maior procura e transacções de imóveis noutros mercados, num raio de 150 a 200 quilómetros dos aeroportos nacionais", avança Ricardo Sousa.

A Century 21 Portugal fechou o primeiro semestre com uma facturação de 19,3 milhões de euros, mais 30% do que no período homólogo. Os negócios mediados ultrapassaram os 770 milhões de euros, mais 180 milhões do que no primeiro semestre de 2017.

 

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